Prejuízo milionário: saiba como identificar golpe do bilhete premiado

Uma organização criminosa investigada por dar golpes do bilhete premiado foi desmantelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nessa terça-feira (8/4). As apurações revelaram que ao menos quatro pessoas, com idades de 60 a 84 anos, foram vítimas do grupo e tiveram um prejuízo acumulado de R$ 3 milhões.


Atenção ao modus operandi

  • Os golpistas podem abordar as vítimas fingindo ser pessoas humildes que não conseguem sacar o valor referente a um suposto prêmio de loteria.
  • Eles podem se aproximar dos alvos com um falso bilhete e pedir ajuda para poder receber a quantia em dinheiro.
  • No caso investigado, um segundo golpista aparecia e sugeria que ele e a vítima ajudassem o “ganhador”.
  • Para isso, o comparsa propunha que ele a vítima e pagassem uma quantia e que os três dividissem o prêmio.
  • O falso valor informado a ser recebido pela vítima chegava a até R$ 24 milhões.
  • Em seguida, o trio ia ao banco, e o segundo golpista aparecia com uma sacola de dinheiro falso.
  • A quantia é entregue ao “ganhador” do prêmio, e a vítima fica com o “bilhete premiado”, além dos dados bancários dos criminosos, como garantia de que pagará o valor aos golpistas.
  • Posteriormente, as vítimas começavam a ser cobradas, para que transferissem quantias aos criminosos e pudesse receber a parte dela do prêmio.
  • Algumas vítimas chegavam a sacar R$ 50 mil diariamente até o valor total pedido pelo bilhete; outras chegaram a vender imóveis e a enfrentar dificuldades financeiras devido ao golpe.

A reportagem conversou com uma vítima e com parentes de outras pessoas prejudicadas pelo grupo. Nenhuma das pessoas quis se identificar, mas todos os casos ocorreram de forma semelhante.

Em um deles, na Asa Sul, uma mulher que parecia ter origem humilde se aproximava da vítima e pedia ajuda. “Ela falava que não sabia ler e que precisa ir a um determinado lugar, mas não conseguia chegar”, detalhou o parente de uma das vítimas.

Em seguida outra pessoa aparecia, aparentava ser “instruída” e demonstra interesse em ajudar a golpista, que supostamente passava por uma situação de dificuldade e alegava ter um bilhete de loteria, só que não conseguia sacar o valor do prêmio por ser “testemunha de Jeová”.

Nesse momento, a vítima entendeu que a “ganhadora” precisava ir era uma agência bancária. O segundo golpista, então, sugere uma ajuda à comparsa, com o pagamento de uma quantia para divisão do prêmio milionário entre os três.

“Os golpistas deram o bilhete para ela [a vítima] em um envelope e pediram que guardasse, sem contar a ninguém”, relatou o parente. Em seguida, ficou acertada a data-limite para pagamento do valor à “ganhadora”, em troca da parte prometida do prêmio.

“O segundo golpista ficava mandando mensagem dizendo que já tinha pagado a quantia, e eles ficam nesse intervalo de quase um mês cobrando”, completou.

Prisões e carros de luxo

A operação da PCDF que levou à prisão de quatro golpistas, dois homens e uma mulher, ainda resultou na apreensão de diversos carros de luxo dos criminosos.

Entre eles, havia dois Porsches — boxster spider e macan— um Jaguar, um Ford Fusion, um Hyundai Creta, uma Mercedes e um Dodge Journey. Todos foram levados para o pátio da 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), onde ocorrem as investigações.

Veja imagens dos veículos:

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