Ministros, parlamentares e políticos do Partido dos Trabalhadores criticaram, nesta quarta-feira (9/4), a fala do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), que desejou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma sessão da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados.
O que disse o deputado
- “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos”, disse o parlamentar.
- O deputado do PL é relator de um projeto que proíbe o uso de arma de fogo pela segurança pessoal do presidente. O texto foi aprovado pela Comissão de Segurança nessa terça (8/4).
- A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) a investigação do parlamentar.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (foto em destaque), afirmou que a declaração é “muito grave, criminosa e inaceitável”. “É a face mais cruel da política do ódio. Faz parte da mesma turma bolsonarista que armou a tentativa de golpe e que queria matar Lula na Operação Punhal Verde e Amarelo. Essa turma que fala em anistia, mas que segue ameaçando e instigando a violência”, criticou a ministra.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, alegou que o deputado usa o cargo para “disseminar ódio contra tudo e contra todos”. “Ele é um dos campeões em processos da Câmara. Já ofendeu mulheres, negros, adversários políticos e até a Igreja Católica. Agora passou de qualquer limite ao dizer que deseja a morte do presidente Lula”, destacou.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que também vai pedir que seja aberta uma investigação criminal contra Gilvan. “O deputado, do mesmo partido de Bolsonaro, relata um projeto que foi aprovado na Comissão de Segurança da Câmara para retirar armas dos agentes de segurança do Lula ao mesmo tempo em que defende abertamente sua morte. Querem finalizar o plano Punhal Verde Amarelo”, acusa o deputado.
“Um jegue”
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), que já foi deputado federal, fez críticas mais incisivas à declaração de Gilvan.
“Esse imbecil desse deputado que mancha a bandeira do Brasil, e eu tive o desprazer de estar como deputado com um idiota e um imbecil como ele na Câmara, faz uma proposta dessas sem cabimento e sem lógica! Um imbecil! Como um presidente de um país andará sem segurança armada? Só pode ser um jegue! Um idiota! Ou um palhaço! Aliás, é o que ele é! Infelizmente um palhaço há manchar a bandeira brasileira! Esse imbecil!”, escreveu em uma publicação no Instagram.