Brasília –
Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a tramitação do projeto de anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro. O encontro, que aconteceu na quarta-feira (9), marcou mais uma ofensiva do ex-presidente para tentar acelerar o processo.
A proposta precisa de 257 assinaturas para ir direto à votação. Segundo o PL, o texto já conta com o apoio de 246 deputados. Mesmo assim, Motta ainda avalia os próximos passos e sinalizou cautela sobre a tramitação.
Bolsonaro busca apoio no Congresso
O ex-presidente quer que o projeto de anistia vá direto ao plenário. Porém, sem o número mínimo de assinaturas, o texto ainda depende da análise interna da Casa.
Hugo Motta, até o momento, não garantiu que pautará o tema. Ele sugeriu encaminhar a proposta a uma comissão especial, o que permitiria discutir os impactos políticos e jurídicos antes da deliberação em plenário.
Câmara avalia alternativas
Durante a reunião, Motta mencionou a necessidade de diálogo com o Senado e o Executivo, além de articulação com o Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo seria encontrar uma redação com viabilidade política e menor resistência institucional.
Além disso, o presidente da Câmara quer ouvir outras lideranças partidárias antes de tomar uma decisão sobre o avanço do projeto.
Bolsonaro fala em confiança
Na noite da reunião, Bolsonaro falou sobre o encontro durante entrevista a um podcast. Ele afirmou acreditar que Motta levará a proposta à votação se houver apoio suficiente.
“Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso”, disse o ex-presidente.
Antes da reunião presencial, Bolsonaro já havia telefonado para Motta para entender os motivos do impasse e reforçar seu apoio ao projeto.
Entenda o caso da anistia aos presos do 8 de janeiro
- A proposta busca perdoar os condenados pelos atos antidemocráticos de 8/1.
- O projeto precisa de 257 assinaturas para ir direto ao plenário.
- O PL já conseguiu apoio de 246 deputados, segundo a legenda.
- Hugo Motta sugeriu análise por comissão especial e diálogo com STF.
- Bolsonaro tenta mobilizar a base para acelerar a votação na Câmara.
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