Mais de 500 estudantes internacionais tiveram seus vistos revogados pelo governo dos Estados Unidos nas últimas semanas, em meio à escalada da pressão de Donald Trump sobre as universidades do país.
A Associação de Educadores Internacionais do país, a NAFSA, reportou ao Financial Times que foram identificadas pelo menos 500 revogações de vistos em meio à compilação de relatórios fornecidos pelas instituições de ensino superior.
Os Departamentos de Estado e de Segurança Interna são acusados de estarem por trás da revogação, sem motivos aparentes, dos vistos desses estudantes.
Na última segunda-feira (7), 16 associações de universidades dos EUA solicitaram reunião com esses departamentos para esclarecimentos sobre possibilidade de recorrer dessas decisões e verificação quanto a possíveis erros.
Ordem executiva para barrar políticas públicas voltadas à crise climática
O presidente norte-americano Donald Trump emitiu, na terça-feira (8), uma ordem executiva que visa a barrar políticas voltadas a lidar com as questões da crise climática, no mesmo dia em que assinou um decreto que afrouxa regras para o uso de energia gerada pela queima de carvão.
A ordem instrui o procurador-geral dos Estados Unidos a identificar leis estaduais que tratam de mudanças climáticas, iniciativas ESG, justiça ambiental e emissões de carbono, e a tomar medidas para bloqueá-las.
O texto assinado por Trump cita especificamente leis em Nova York e Vermont que multam empresas que produzem combustíveis fósseis por sua contribuição para a mudança climática e processos judiciais movidos por Estados que buscam responsabilizar empresas de energia por sua contribuição para o aquecimento global.
“Muitos estados aprovaram, ou estão em processo de aprovação, de políticas energéticas ou de ‘mudança climática’ onerosas e motivadas ideologicamente que ameaçam a dominância energética americana, além de nossa segurança econômica e nacional”, diz a ordem.
A medida cumpre uma promessa de campanha de Trump, que defendeu o fim de iniciativas que apoiam a geração de energia renovável.
Fonte: Valor Econômico