Na hora de escolher uma creche, muitos pais priorizam fatores como localização, preço e proposta pedagógica. Mas, acima de tudo, a segurança costuma ser o critério mais decisivo. Foi justamente a falta de cuidado nesse aspecto que levou uma mãe de Nova Jersey, nos Estados Unidos, a procurar ajuda legal após um incidente envolvendo sua filha de apenas dois anos.

Tamara Hemingway relatou que passou por um momento de “choque” ao buscar a filha Myla na creche Growing Kids Academy, no dia 2 de abril. Ao ver a menina, notou que uma das tranças havia desaparecido — deixando uma área visivelmente sem cabelo. “Foi quando percebi a parte careca na cabeça dela, onde antes estava a trança”, contou, ainda abalada.
Segundo Tamara, a menina havia saído de casa com quatro tranças bem presas ao couro cabeludo. Ela afirma que seria praticamente impossível uma delas se soltar sem que houvesse dor ou algum tipo de força externa. “Ninguém tira uma trança daquela forma sem machucar. Nem ela, nem outra criança conseguiria fazer isso sozinha”, disse.
A polícia de Ocean Township abriu uma investigação sobre o caso. O boletim de ocorrência aponta que, por volta das 11h da manhã, o cabelo da criança ainda estava intacto.
Câmeras de segurança mostram a menina brincando normalmente, até que, por volta das 11h45, uma funcionária retira um avental da cabeça da menina. Depois disso, ela é vista tocando o local em que a trança deveria estar — mas ela já não aparece mais nas imagens. A trança e os acessórios também não foram encontrados.

A direção da creche informou que ainda não há uma explicação definitiva para o que aconteceu, mas negou qualquer indício de que o cabelo tenha sido arrancado com força. Essa resposta, porém, não convenceu a mãe.
“Eles deveriam ter me ligado, me informado. Qualquer coisa. Ninguém entrou em contato. Estou extremamente chateada. Essa é a minha filha. Ela não consegue me dizer o que aconteceu. Isso é o mais doloroso. E eles foram totalmente indiferentes”, desabafou Tamara.
Após o ocorrido, a mãe decidiu tirar a filha da creche. Ela também relatou que Myla ficou mais sensível ao toque na cabeça desde então. O advogado da família, Marc Caswell, afirmou que a instituição demonstrou falta de preparo e responsabilidade. “Deram várias versões diferentes à minha cliente. Primeiro, que não sabiam o que tinha ocorrido. Depois, que sequer perceberam. Isso é inaceitável”, declarou.