Tratamento melhora movimento em pessoas com lesão na medula espinhal

Cientistas da Mayo Clinic, um importante centro de pesquisa dos Estados Unidos, conseguiram melhorar os movimentos e sensações de sete pacientes paralisados por lesões na medula espinhal usando células-tronco. A terapia foi bem tolerada e considerada segura, e o estudo foi publicado em 1º de abril na revista científica Nature Communications.

Dez pessoas participaram da pesquisa. Os pesquisadores explicam que cerca de 5% dos pacientes com lesões na espinha se beneficiariam do tratamento. “Mas nesse tipo de quadro, qualquer melhora, por menor que seja, pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida do paciente“, explica o neurocirurgião Mohamad Bydon, um dos autores do estudo, em entrevista ao site da instituição.

Os cientistas colheram as células-tronco mesenquimais do abdomen ou da coxa de cada um dos participantes, as multiplicaram em laboratório e reaplicaram na espinha do paciente. As células são capazes de reconstruir ossos, cartilagem, músculo, gordura e até algumas partes do sistema nervoso.

Apesar de o avanço ser considerado uma esperança para pacientes com lesões na medula espinhal, o estudo ainda está na primeira fase. Os pesquisadores ponderam que a maioria das pessoas com esse tipo de problema apresenta melhora nos primeiros 12 meses após o acidente naturalmente. Por isso, não está claro se a mudança no quadro aconteceu por conta das células-tronco, ou se foi espontâneo.

Ainda assim, um dos pacientes que teve melhora tinha a lesão há 22 meses, indicando a possível eficácia da injeção de células-tronco.

O estudo continua em fase 2: o objetivo agora é medir a segurança do tratamento, e os resultados da terapia em mais pacientes.

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