Morreu neste domingo (13/4), aos 89 anos, o escritor peruano Mario Vargas Llosa, um dos maiores nomes da literatura latino-americana. A informação foi confirmada pelo filho do autor nas redes sociais.
De acordo com a postagem, Vargas Llosa morreu em Lima “pacificamente” e cercado pela família.
“Sua partida entristecerá seus parentes, amigos e leitores ao redor do mundo, mas esperamos que eles encontrem conforto, assim como nós, no fato de que ele teve uma vida longa, aventureira e frutífera, e deixou para trás uma obra que sobreviverá a ele”, afirmou o filho do escritor.
It is with deep sorrow that we announce that our father, Mario Vargas LLosa, passed away peacefully in Lima today, surrounded by his family.@morganavll pic.twitter.com/c6HgEfyaIe
— Álvaro Vargas Llosa (@AlvaroVargasLl) April 14, 2025
A família informou que não haverá nenhuma cerimônia pública para o velório. “Nossa mãe, nossos filhos e nós confiamos que teremos espaço e privacidade para nos despedir dele na companhia de familiares e amigos próximos. Conforme sua vontade, seus restos mortais serão cremados”, disse o filho.
Nobel de literatura
Vencedor do prêmio Nobel de literatura em 2010, Varga Llosa é considerado um dos principais escritores de sua geração e deixa uma vasta obra literária, com clássicos como “Tia Julia e o Escrivinhador”, “Conversas no Catedral”, “A Festa do Bode”, entre vários outros.
O peruano nasceu na cidade de Arequipa, no sul do país, em 1936. De família de classe média, foi morar em Paris em 1959, data em que inicia sua carreira literária. Passou a ter notoriedade após a publicação do livro “A Cidade e Os Cachorros”, em 1963, se consolidou no cenário do meio com “Conversas no Catedral”, de 1969.
Ao lado do argentino Julio Cortázar, do colombiano Gabriel Garcia Marquez, entre outros, Vargas Llosa fez parte do chamado “boom” latino-americano na literatura. Ao contrário dos pares, com posicionamentos mais à esquerda, o peruano se notabilizou por opiniões liberais e mais à direita.
Durante uma palestra em Montevidéu, no Uruguai, em maio de 2022, o escritor falou sobre a conjuntura política do Brasil à época. O hispano-peruano afirmou que, em um cenário de disputa à presidência entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), preferia a vitória do segundo.