O Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio) completa seu segundo ano de execução com avanços expressivos no processo de transição para uma nova economia, mais verde, inclusiva e de baixo carbono. Criado como um dos pilares da política ambiental do estado, o plano já tirou do papel cerca de 80% das 122 ações para serem implementadas em quatro anos. Desse total, 16% já foram concluídas e 84% estão em andamento.
As ações do plano têm impacto direto nos 144 municípios paraenses, cobrindo as 12 regiões de integração do estado. Ao longo do último ano, mais de 350 mil pessoas foram mobilizadas em atividades realizadas nos territórios. Destas, 230 mil foram capacitadas em ações que fortalecem o protagonismo de comunidades tradicionais, povos originários, empreendedores da floresta e jovens pesquisadores. Ao todo, cerca de 3500 mil famílias foram diretamente beneficiadas e 1800 negócios sustentáveis receberam apoio técnico ou financeiro. O investimento para os dois anos de execução ultrapassou R$ 130 milhões.
O conjunto de iniciativas é resultado de um esforço coordenado por 19 secretarias estaduais, reforçando a transversalidade da bioeconomia como estratégia de desenvolvimento sustentável e a integração entre diferentes políticas públicas.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protazio Romão destacou o papel de vanguarda que o estado vem desempenhando na construção de políticas públicas baseadas na natureza, como parte de um modelo integrado de desenvolvimento sustentável.
“Temos investido em soluções baseadas na natureza, que conciliam bioeconomia, restauração de áreas degradadas, e compensações financeiras para populações locais. Isso gera renda, sequestra carbono e melhora a qualidade ambiental e sustentabilidade do nosso estado”.
Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protazio Romão

Eixos estratégicos sustentam a política de bioeconomia
O PlanBio está estruturado em três grandes eixos temáticos, além de um Comitê Executivo responsável pela articulação intersetorial. Cada eixo reúne ações voltadas a diferentes dimensões da bioeconomia na Amazônia.
O primeiro eixo, voltado à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), reúne 23 ações – o que representa 18% do total previsto no plano. Desse conjunto, 9% já estão em executadas, enquanto 91% estão em andamento. A estratégia prioriza o fortalecimento da produção científica e tecnológica com base na sociobiodiversidade da floresta.
O segundo eixo, dedicado ao Patrimônio Cultural, ao Patrimônio Genético e aos Conhecimentos Tradicionais Associados, responsável por 17 ações, representando 14% das atividades previstas. Ele reúne ações voltadas à valorização dos saberes ancestrais e à proteção dos direitos coletivos de comunidades tradicionais. Atualmente, 6% dessas ações estão executadas e 94% estão em andamento.
Já o eixo das Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis é responsável por 82 ações, ou 67% do total. Dessas, 20% já foram executadas, 78% estão em andamento e 2% ainda não começaram. O foco está em consolidar modelos de negócios baseados na floresta em pé, promovendo renda, inclusão produtiva e geração de valor em territórios tradicionais.

Governança ativa e intersetorial
A implementação do plano é coordenada por um Comitê Executivo, que tem papel central na execução e integração das políticas públicas ligadas à bioeconomia. O comitê executivo composto por 19 secretarias, tendo a SEMAS como coordenadora, já executou cerca 16% das ações, 80% já estão em andamento e 4% ainda não foram iniciadas.
O PlanBio segue em execução no Pará com metas definidas até 2026 e foco em promover desenvolvimento sustentável, inclusão produtiva e geração de renda com base nos ativos da floresta.