Cambridge — O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que os envolvidos nos atos antidemocráticos após as eleições de 2022 devem receber uma “reprimenda à altura”.
A fala ocorreu neste sábado (12), durante a Brazil Conference, em Cambridge, nos Estados Unidos, promovida por estudantes brasileiros da Harvard e do MIT.
Rodrigues mencionou o caso de Débora Rodrigues dos Santos, bolsonarista acusada de tentar abolir o Estado Democrático de Direito ao vandalizar a estátua “A Justiça”, no STF, em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o caso representa uma agressão à democracia.
PF reforça rigor das investigações
Durante o evento, Rodrigues defendeu o trabalho da PF, ressaltando a seriedade das investigações sobre os ataques de 8 de janeiro.
Ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele destacou a colaboração entre as instituições. “Está chancelado pela PGR, pelo Supremo Tribunal Federal e ajustado às condutas que buscamos apurar ao longo do processo investigativo”, afirmou.
Caso Débora: símbolo da campanha por anistia
Débora pichou com batom a frase “perdeu, mané” na estátua em frente ao STF, durante os atos que resultaram em depredações.
Ela foi denunciada por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e se tornou ícone da campanha por anistia que aliados de Bolsonaro tentam aprovar no Congresso Nacional.
Pressão por anistia cresce entre bolsonaristas
Enquanto isso, parlamentares bolsonaristas articulam a aprovação de um projeto que prevê anistia aos envolvidos nos ataques golpistas.
O projeto enfrenta resistência de setores do judiciário e da Polícia Federal, que veem na proposta uma ameaça à responsabilização dos envolvidos.
Bolsonaro e aliados já viraram réus
Além de Jair Bolsonaro, outros sete nomes ligados ao governo anterior foram denunciados e se tornaram réus por participação nos atos golpistas:
- Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
As acusações se referem à tentativa de invalidar o resultado das eleições de 2022, que deram vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entenda: os principais pontos da crise
- Declaração de Andrei Rodrigues reforça a necessidade de punições firmes aos envolvidos.
- Débora Rodrigues dos Santos virou símbolo da campanha por anistia ao vandalizar a estátua do STF.
- A PF e a PGR confirmam a gravidade das provas reunidas nas investigações.
- Bolsonaro e sete ex-auxiliares já respondem como réus em ações no STF.
- Proposta de anistia segue em debate no Congresso, com forte oposição do Judiciário.
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