A empresa aérea Azul informou nesta segunda-feira (14/4) que fará uma oferta primária de mais de 450 milhões (exatas 450.572.669) de ações preferenciais (PN, sem direito a voto em assembleias, mas com preferência nos dividendos) por R$ 3,58, totalizando de cerca de R$ 1,6 bilhão. Com lotes extras, a oferta pode atingir o valor de até R$ 4,1 bilhões.
Adicionalmente, serão entregues bônus de subscrição, sem preço de emissão. Eles serão atribuídos gratuitamente, como vantagem adicional aos subscritores das ações da Azul na oferta, à razão de um bônus de subscrição para cada uma ação subscrita. A operação da Azul será coordenada pelo UBS (líder), BTG Pactual e Citigroup.
Por volta das 13 horas, os papéis da Azul subiam quase 6,70%, cotados a R$ 3,19, na Bolsa brasileira (B3). No acumulado de 12 meses, porém, eles perdem 74%.
A oferta de ações ocorre depois de a empresa ter concluído em janeiro a renegociação com a maioria dos detentores de títulos de dívida, arrendadores e fabricantes de aviões, além de fornecedores. O lançamento da oferta de ações por parte da empresa aérea na B3 é considerado uma etapa crucial para o fim da reestruturação da companhia.
O dinheiro levantado com o lote de papéis servirá para equalizar parte das notas emitidas pela Azul Secured Finance, de cupom de 11,500%, com vencimento em 2029, e cupom de 10,875%, com vencimento em 2030. A companhia fechou o quarto trimestre de 2024 com prejuízo de quase R$ 4 bilhões.