Protagonista em O Cravo e a Rosa, Paloma Bernardi revive sonho em peça

Paloma Bernardi iniciou a carreira como atriz em 1996, quando tinha 11 anos de idade, e desde então não parou mais. Agora, em 2025, ela está em cartaz com a peça O Cravo e a Rosa, inspirada na novela que fez sucesso no início dos anos 2000. A peça tem sessões em Brasília entre os dias 25 e 27 de abril, no Teatro da Unip.

Bernardi interpreta Catarina, uma mulher rebelde que se envolve com o caipira Petrucchio (Marcelo Faria). Na TV, os personagens foram vividos por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, respectivamente.

A peça traz à tona assuntos importantes em relação ao gênero, como a igualdade e o voto feminino, que são relevantes ainda nos dias de hoje. Foi desse núcleo que o diretor Pedro Vasconcelos extraiu o teor da história e o humor da produção. O espetáculo vem à Brasília no último final de semana de abril, entre os dias 25 a 27.

O Cravo e a Rosa estreou na TV quando Paloma tinha 15 anos, já que ela nasceu em 1985. A atriz relatou que assistiu a novela original, assim como suas reprises, e explicou que se divertia bastante com os personagens. Entretanto, a famosa tinha um olhar diferente. “Assistia sonhando com o dia em que também estaria na televisão, contando histórias como essa”, destacou, em entrevista ao Metrópoles.

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A atriz estrela a produção ao lado de Marcelo Faria

A peça é uma adaptação da novela que foi ao ar no início dos anos 2000
O espetáculo vem à Brasília no último final de semana de abril, nos dias 25, 26 e 27
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Paloma Bernardi interpreta Catarina na peça O Cravo e a Rosa

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A atriz estrela a produção ao lado de Marcelo Faria

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A peça é uma adaptação da novela que foi ao ar no início dos anos 2000

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O espetáculo vem à Brasília no último final de semana de abril, nos dias 25, 26 e 27

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A atriz expressou que viver a protagonista Catarina no espetáculo é uma “grande responsabilidade e um privilégio”, já que a produção marcou uma geração. “Nosso desafio é manter sua essência, trazendo um frescor para os palcos”, explicou.

Assim como a novela, a peça foi inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare. Além de manter o elo entre essas produções, o teatro mantém tudo aquilo que foi passado na televisão, como o humor, o amor e os conflitos.

“A linguagem teatral potencializa essa conexão, valorizando tanto a leveza da adaptação quanto a profundidade da obra clássica. O resultado é um espetáculo que respeita a tradição, mas conversa com o público de hoje de forma envolvente. Temos um texto nas mãos totalmente atemporal”, declarou.

A atriz ainda relatou que a peça questiona se vale a pena amar. “É possível abrir nossas vulnerabilidades, encontrar cura para seguir em frente? É possível aprender com as diferenças e crescer ao lado do outro sem perder a própria essência? Tudo isso é explorado de forma leve e divertida”, destacou.

A magia do teatro

Apesar de viver a protagonista de O Cravo e a Rosa, ela garante que o teatro é um trabalho coletivo e que há um conjunto de protagonismo para que tudo saia como o planejado. “O teatro é vivo, é troca, no palco tudo acontece ali, no instante, e isso exige uma conexão profunda entre todos. Cada um tem um papel fundamental para que a magia aconteça. E essa é a beleza do teatro: ninguém brilha sozinho”, refletiu.

“O teatro exige uma entrega intensa, o presente de viver o presente, o agora…uma conexão direta com o público e isso é encantador”, destacou.

Paloma Bernardi

Tendo passado por, além do teatro, televisão e cinema, a atriz explicou que cada linguagem mantém magia e desafios próprios. Enquanto o palco traz uma “troca imediata com o público”, as produções como novelas, séries e filmes permitem “explorar nuances minimalistas”.

Com características bastante distintas, ela explicou que virada de chave acontece naturalmente, mas exige adaptação. “O importante é sempre buscar a verdade na atuação e me expressar artisticamente, independentemente do meio. Poder viver essas três experiências é um privilégio que me realiza como artista”, destacou.

Para Paloma Bernardi, o teatro vai além da atuação e deveria ser uma matéria obrigatória nas escolas, já que educa e transforma o ser humano. “É a base da arte de interpretar, ensinando comunicação, disciplina, improviso, troca com o público em tempo real, entre outras mil coisas. Além disso, desenvolve sensibilidade e adaptação, qualidades essenciais para qualquer ator trabalhar em todos os veículos”, classificou.

Por fim, ela analisa que o teatro brasileiro vem enfrentando desafios, com relação a investimento, mas segue firme e resistente. “O amor pela arte e a dedicação dos artistas mantêm o teatro vivo, e com mais apoio, ele pode crescer ainda mais”, encerrou.

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