O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou “melhoras nos exames laboratoriais” depois do quinto dia internado em Brasília, após passar por uma cirurgia 12 horas no último domingo (13/4), em Brasília. O ex-chefe do Executivo está internado no hospital DF Star, na zona central da capital, sem previsão de alta.
Jair Bolsonaro foi internado na sexta-feira (11/4), depois de passar mal em um evento no Rio Grande do Norte. No estado, o ex-presidente deu entrada em uma unidade hospitalar com suboclusão intestinal — obstrução parcial ou incompleta do intestino.
Quadro de saúde de Jair Bolsonaro
- Jair Bolsonaro passou por um procedimento no domingo (13/4) para tratar uma suboclusão intestinal — obstrução parcial do intestino.
- A obstrução teria sido causado por aderências intestinais, resultado de múltiplas cirurgias após a facada de 2018.
- Em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro levou uma facada de Adélio Bispo de Oliveira, que foi preso em flagrante e confessou o crime.
- A equipe médica tentou reverter o quadro de Jair Bolsonaro sem a necessidade de cirurgia, mas não surtiu efeito, o que levou à recomendação do procedimento.
- Os médicos informaram que a obstrução foi causada por uma dobra no intestino delgado, resolvida com a liberação das aderências.
Os primeiros atendimentos ao político aconteceram em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Depois ele foi transferido para Natal, capital do estado e, na sequência, Bolsonaro foi levado para Brasília por meio de uma unidade de terapia intensiva (UTI) aérea.
No domingo, o ex-presidente foi submetido a uma laparotomia exploradora para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal.
O cardiologista Leandro Echenique explicou que o pós-operatório será prolongado, sem previsão de alta.
“Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado”, disse Echenique, na segunda-feira (14/4).
No último boletim médico, divulgado na manhã de quinta-feira (17/4), a equipe médica informou que o ex-presidente teve uma boa evolução clínica, sem dor ou outras intercorrências. No entanto, ele segue em jejum oral e sem previsão de alta da UTI.
“Apresenta também melhora dos exames laboratoriais. Segue em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva. Hoje, continuará o programa de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz a nota do hospital.
Na unidade de saúde, Bolsonaro tem a companhia da esposa, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que o acompanha nas sessões de fisioterapia.
