O escritor Marcel Schwantes, especialista em inteligência emocional, revelou recentemente uma história que foi capaz de mudar a trajetória de Warren Buffet: um dos mais renomados investidores do mundo. A dica, segundo o especialista, pode ser aplicada em diversas áreas da vida e ajudar a tomar decisões mais seguras.
Na análise, ele mergulha na transformação do magnata dos investimentos, revelando como Buffett, hoje conhecido não apenas por seu sucesso financeiro, mas também por seu estilo sereno de liderar, nem sempre teve esse equilíbrio emocional.
Uma simples frase teria mudado a trajetória de liderança de Warren Buffett: “Você sempre pode mandar alguém para o inferno amanhã.” O conselho bem-humorado, dado há quatro décadas por seu mentor Tom Murphy, carrega uma das lições mais valiosas sobre liderança e controle emocional.
“Ele tinha a inteligência, mas faltavam as habilidades interpessoais”, explica o escritor, em texto publicado na revista Inc.. Segundo Buffett, o autoconhecimento e a capacidade de controlar as emoções vieram com o tempo e com bons mentores.
Seu ponto de virada foi incorporar pausas conscientes antes de reagir a situações de alta carga emocional. Em vez de tomar decisões impulsivas, Buffett passou a cultivar momentos de reflexão, prática que, segundo Schwantes, é essencial para qualquer líder moderno.
Liderar com calma é liderar com estratégia
O artigo do Inc. também oferece caminhos práticos para desenvolver a inteligência emocional no trabalho. Um deles é adiar respostas impulsivas: sentir vontade de enviar aquele e-mail atravessado? Espere 24 horas. Querer interromper uma reunião para rebater uma crítica? Respire fundo e espere.
Schwantes argumenta que o tempo é um aliado poderoso para quem quer entender a raiz das emoções e tomar decisões mais empáticas e eficazes. Outro aspecto central é a empatia.
O autor sugere que, antes de reagir, líderes devem se perguntar: “Por que estou com raiva? Isso tem a ver com o que está acontecendo agora ou com algo mais profundo?” E também: “O que pode estar por trás do comportamento da outra pessoa?” Essas perguntas não apenas evitam conflitos desnecessários, mas também demonstram maturidade emocional.
Schwantes cita ainda o psicólogo Daniel Goleman, pioneiro no conceito de inteligência emocional, para reforçar a ideia: “Pessoas razoáveis, aquelas que mantêm controle sobre suas emoções, são as que conseguem manter ambientes seguros e justos”.