Guerra Civil: qual é a causa do conflito no filme da A24 que estreia na Netflix

Chega nesta sexta-feira (18) ao catálogo da Netflix o filme Guerra Civil, produção distópica da A24 estrelada por Kirsten Dunst (Homem-Aranha), Wagner Moura (Tropa de Elite) e Cailee Spaeny (Alies: Romulus).

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Um dos longa-metragens mais badalados de 2024, o título teve uma recepção calorosa nos cinemas, arrecadando US$ 120 milhões, e foi largamente elogiado pela crítica, que ressaltou os elementos políticos do filme e sua capacidade de retratar tão friamente e realisticamente uma nação em ruínas.

Escrito e dirigido por Alex Garland, conhecido por longas como Ex_Machina e Aniquilação, a trama acompanha uma equipe de jornalistas, que viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil. Nessa jornada, eles se deparam com o que há de pior no ser humano, vivendo momentos de tensão e desespero em prol de registrarem aquele que talvez seja um dos momentos mais importantes da história do país.


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Embora assustadora, a guerra civil retratada no filme é ancorada em elementos bem reais e em uma sucessão de fatos que culminaram para o estado de calamidade de quando a história tem início.

Para quem ainda não assistiu ao título – ou até mesmo para quem viu, mas não conseguiu entender muito bem como as coisas chegaram àquele ponto –, o Canaltech explica abaixo sem spoilers os motivos que levaram ao conflito.

Luta contra governo tirânico divide EUA

Ambientado em um futuro próximo, o conflito de Guerra Civil tem início quando o então presidente dos Estados Unidos (Nick Offerman) decide ignorar a Constituição americana, que assim como a brasileira permite apenas dois mandatos consecutivos de quatro anos.

Cailee Sapeny e Wagner Moura em cena do filme Guerra Civil (Imagem: Divulgação/A24)

Desprezando seu juramento, o presidente dá início ao seu terceiro mandato, abrindo um precedente perigosíssimo, que gera revolta em todo o país. Sem disfarçar mais seu regime tirânico, ele decide dissolver o FBI, usar forças militares contra seus próprios cidadãos e se recusar a abrir mão de seu cargo e do poder executivo dos Estados Unidos.

O caos gerado por suas decisões e a violência empregada contra civis leva a formação de milícias, além da decisão de 19 estados de se separarem dos Estados Unidos. Uma dissolução que, exatamente por não ser ancorada em polarizações políticas, forma curiosas coalizões, como é o caso das Forças Armadas do Oeste, que juntam sob uma mesma bandeira Texas e Califórnia – estados, respectivamente, com tradição republicana e democrata.

Além dela, outras forças rebeldes militarizadas surgem na guerra contra o presidente, como a Aliança da Flórida – praticamente a única resistência em quase toda a costa leste – e a Aliança do Novo Exército Popular, formada por diversos estados do norte como Idaho, Minnesota, Montana, Dakota do Norte, Oregon, Dakota do Sul, Utah, Washington e Wyoming.

Jesse Plemons em uma das cenas mais aterrorizantes de Guerra Civil (Imagem: Divulgação/A24)

Embora o filme da A24 não se aprofunde em todos os territórios e facções surgidas, é sabido que a maior parte do país permanece, no entanto, no que passou a ser chamado de Estados Unidos Lealistas, mantendo-se ainda sob o poder do presidente e de sua bandeira original.

Com recursos, armas e suprimentos para ambos os lados, o conflito parece longe de chegar ao fim, a não ser que a aguardada queda do presidente realmente se concretize.

Estrelado ainda por Jesse Plemons (Dia Zero), Sonoya Mizuno (Está Tudo Bem Comigo?) e Stephen Henderson (Um Espião Infiltrado), Guerra Civil chega nesta sexta-feira (18) à Netflix.

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