O papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, morreu nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, em sua residência na Domus Santa Marta, no Vaticano. Segundo o Departamento de Saúde da Santa Sé, ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília).
A certidão de óbito, assinada pelo diretor de Saúde do Vaticano, professor Andrea Arcangeli, aponta que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo II. A morte foi confirmada por registro eletrocardiotanatográfico.
Últimos meses de saúde delicada
Desde fevereiro, o papa enfrentava problemas respiratórios. No dia 14 daquele mês, foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, com diagnóstico de infecção polimicrobiana nas vias respiratórias. Em seguida, desenvolveu uma pneumonia bilateral, permanecendo hospitalizado por 38 dias. Recebeu alta em 23 de março e continuava sob cuidados médicos em casa.
Durante esse período, ele teve dificuldades para discursar em audiências públicas e chegou a pedir que auxiliares lessem sermões em seu lugar. Mesmo debilitado, participou de algumas atividades religiosas, incluindo a celebração de uma missa em um hospital.
Repercussão e homenagens
O anúncio oficial da morte foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano, que assumiu temporariamente a administração da Igreja. Em comunicado, Farrell destacou que “toda a vida de Francisco foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja”.
Líderes políticos e religiosos de todo o mundo expressaram condolências. O presidente argentino Javier Milei decretou sete dias de luto nacional, enquanto o presidente chileno Gabriel Boric declarou três dias de luto. Clubes de futebol, como o San Lorenzo, do qual o papa era torcedor, também prestaram homenagens.
Testamento e funeral
O testamento de Francisco, datado de 29 de junho de 2022, foi divulgado pelo Vaticano. Nele, o pontífice expressa o desejo de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, em uma tumba simples com a inscrição “Franciscus”. Ele também dedicou seus sofrimentos à paz mundial e à fraternidade entre os povos.
O corpo será velado na capela privada da Domus Santa Marta e, posteriormente, transferido para a Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar homenagens. O funeral está previsto para ocorrer entre sexta-feira e domingo
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