Hospital da Criança alerta sobre uso excessivo de telas por crianças

Durante a infância, o uso não controlado de exposição às telas pode trazer consequências negativas. (Foto: César de Oliveira)

Ansiedade, sedentarismo, distúrbios do sono, instabilidade de humor e dificuldade de interação social são algumas das consequências que podem ser causadas pelo uso excessivo de telas entre as crianças. Diante disso, o Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, orienta que pais e responsáveis precisam ficar atentos e estabelecer limites aos pequenos para evitar consequências negativas para a saúde.

De acordo com a responsável técnica em Psicologia do Hospital da Criança, Ivanesk Andrade, o uso de telas em excesso acaba atrapalhando o desenvolvimento humano, como também das habilidades sociais, aspectos cognitivos, além de prejuízos oftalmológicos. “Ao pensar na primeira infância, a exposição às telas de forma não controlada pode trazer consequências negativas, como atraso na comunicação, dificuldade na interação social, baixos níveis de atenção e concentração, desenvolvimento cognitivo afetado, prejuízos à saúde física e à mental, entre outras que surgem a curto e longo prazo”, destaca.

Embora os dispositivos tenham se tornado uma ferramenta indispensável para pais e professores, é necessário o equilíbrio para não afetar todo o círculo social dessa criança. “Esse excesso não afeta somente as crianças e, às vezes, é difícil se livrar da sensação assustadora de gerenciar o tempo em frente às telas, seja educacional ou não. As crianças podem espelhar o comportamento dos adultos ou, também, sofrer com a falta de atenção dos pais por causa do uso contínuo do celular e redes sociais, por exemplo”, afirma Ivanesk.

Limites

A psicóloga orienta que os adultos fiquem atentos aos limites quanto aos conteúdos apropriados para crianças, como, também, o tempo de uso das telas. “Os adultos devem definir quando, onde e como as telas podem ser usadas, criando uma rotina de tempo, com base na idade da criança, desse modo, ensinam a entender seus próprios limites digitais. É interessante, ainda, observar o que é educacional e que tenha informações relevantes”, destaca ao citar que os adultos devem selecionar o conteúdo de TV, vídeos ou jogos que as crianças podem consumir.

Além disso, os pais e responsáveis pelas crianças, podem desativar o recurso de reprodução automática em aplicativos de vídeos como o Youtube, pois, de acordo com a profissional, incentiva a não assistir vídeo após vídeo, facilitando o desvio do assunto. Outra maneira de adequar o uso de telas, é o adulto conhecer o tipo de conteúdo que a criança gosta de assistir e, em alguns momentos, essa ser a programação da família toda. “Uma boa alternativa é pesquisar e revisar os programas preferidos das crianças no intuito de avaliar seu valor educativo, observar se incita a violência, entre outras coisas”, frisa.

Definir pausas para momentos de atividades longe das telas e evitar o tempo de tela antes de dormir mais ou menos 1h antes de dormir são fundamentais, pois afetam o sono e, consequentemente, dificulta acordar com disposição no dia seguinte.

Alternativas

Ivanesk Andrade ressaltou que existem outras alternativas às telas. “Já sabemos que a exposição das crianças às telas em excesso é prejudicial à saúde. Então, os pais ou responsáveis podem oferecer às crianças opções de brincadeiras e diversão, sempre adequando a faixa etária. Quando possível, os adultos podem levar para passear em parques ou praças, por exemplo. Oportunizando, assim, maior interação social com outras crianças e amigos. Desta forma, elas são estimuladas a usar a imaginação e criatividade em diversas brincadeiras”, pontua.

Essa redução de exposição às telas, acaba refletindo, também, na saúde física e mental das crianças. “Quando o tempo de tela é alternado com outras atividades que estimulam o aprendizado e a criatividade das crianças, acaba reduzindo o estresse e a ansiedade. Além disso, a interação da família é fundamental nesse processo. Gera fortalecimento de vínculos e memórias afetivas”, completa Ivanesk.

Fonte: Governo de Sergipe

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