Jair Bolsonaro reconheceu que será um dos beneficiados pelo projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro. Em entrevista ao SBT, o ex-presidente declarou que sua inclusão no texto foi uma “coincidência”, apesar de ter articulado com sua bancada para não ser contemplado.
Durante a conversa com Cesar Filho, feita de dentro da UTI do Hospital DF Star, em Brasília, Bolsonaro também afirmou que o objetivo da proposta é libertar os envolvidos nos atos antidemocráticos, que ele classificou como “pobres coitados”.
Projeto da anistia ganha força
- O projeto de anistia vem ganhando força com o apoio de deputados ligados ao bolsonarismo.
- Os aliados já reuniram as assinaturas necessárias para aprovar o regime de urgência na tramitação.
- Isso significa que o texto pode ser analisado com mais rapidez no Plenário da Câmara.
Pressão sobre a Câmara
Mesmo com o requerimento de urgência protocolado, a decisão de colocar o tema na pauta cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta.
Motta, do Republicanos da Paraíba, tem evitado se comprometer. Ele afirma que o projeto “divide a Casa” e que busca construir uma solução em diálogo com outras lideranças políticas.
Segundo o jornal O Globo, ao menos um ministro do STF ligou para Motta para discutir o assunto. Apesar disso, o presidente da Câmara ainda não definiu se vai pautar o texto nas próximas semanas.
Reunião decisiva
O projeto deve ser debatido em uma reunião de lideranças partidárias prevista para quinta-feira.
Até agora, Motta vinha evitando discutir a proposta nos encontros anteriores.
Contudo, a pressão dos aliados de Bolsonaro pode obrigá-lo a colocar o tema em pauta.
Bolsonaro tenta se afastar do protagonismo
Na entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que não buscou entrar no projeto de anistia, mas acabou incluído.
“Fechei questão com meu partido para eu não entrar nesse projeto, e assim foi feito. Agora, por coincidência, eu estou dentro desse processo da anistia também”, disse o ex-presidente.
Ele ainda afirmou que os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023 são “pobres coitados” que apenas buscavam liberdade, minimizando a gravidade do ataque às sedes dos Três Poderes.
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