Batman ganha mais uma boa justificativa para a regra de “Não Matar”

Todos os fãs do Batman sabem que o Homem-Morcego possui uma regra inegociável em seu código moral, que é a de “Não Matar”. É uma diretriz que vive sendo questionada pelos autores e leitores, e, nos últimos tempos, a DC Comics tem atualizado esse complexo de forma que nenhuma resposta simples possa servir. E, agora, Bruce Wayne tem mais uma boa justificativa.

  • Batman consegue uma solução para a sua principal fraqueza atualmente
  • Batman anda meio tapado e usa supersoro maluco para voltar a ser inteligente

Atenção para possíveis spoilers de Detective Comics #1096!

A icônica regra de “Não Matar” do Batman o define há muito tempo, tanto no Universo DC quanto aos olhos dos fãs, servindo como uma linha moral que ele se recusa a cruzar, mesmo quando isso o coloca em desacordo com seus aliados mais próximos. E, em Detective Comics #1096, lançado recentemente, a diretriz ganhou ainda mais complexidade.


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Bem, é preciso contextualizar o que o Homem-Morcego vive atualmente. Há alguns meses, Batman vinha sentido o peso do tempo e uma vida desregrada, com seu corpo e mente cedendo aos poucos. Bruce buscou, então, uma forma de tornar seu corpo tão vigoroso quanto na época que começou a combater o crime.

Isso veio na forma de um “Soro da Juventude” oferecido a Bruce por seu novo par romântico, Scarlett, uma mulher inicialmente misteriosa, com uma família ainda mais obscura. Eis que Batman descobre uma trama digna de novela mexicana: ele descobre que a assassina Asema, seu maior problema na atual fase, é Evelyn, mãe de Scarlett.

Batman enfrenta a ameaça conhecida como Asema (Imagem: Reprodução/DC Comics)

Asema usa o sangue de jovens para criar o tal “Soro da Juventude”, o mesmo que o Batman usou para voltar a ter seu corpo vigoroso. E como se estar transando com a filha da maior atual inimiga não fosse o suficiente, Batman também descobre que Evelyn/Asema, é, na verdade, esposa de Joe Chill, o mesmo homem responsável pela morte de seus pais.

Calma, não ria agora, porque a trama ainda tem mais um baita clichezão barato antes de voltarmos à regra de “Não Matar”: Scarlett recebeu o nome em homenagem a Martha Wayne, após esta ter ajudado Evelyn e a recém-nascida Scarlett a escapar do abusivo Joe Chill.

Regra de “Não Matar” do Batman é uma punição

Durante o confronto de Batman com Evelyn, ela revela que capturou Joe Chill e o mantém como refém, acreditando que ela e Bruce merecem vingança por toda a dor que Chill causou em suas vidas. O Homem- Morcego, então, depara-se com um dilema moral: salvar o homem que assassinou seus pais.

Se Bruce não fizer nada, Chill morrerá, mas, tecnicamente, não por suas mãos. Neste momento, há um aspecto mais profundo por trás da regra de “Não Matar” do Batman, que vai além da recusa em tirar uma vida. Para o heró, também se trata de preservar vidas sempre que tiver o poder de fazê-lo.

Na cena, Asema diz: “Não estou pedindo para o Batman matar. Só estou pedindo para o Bruce Wayne esperar”, insistindo em uma brecha em seu código moral. Nesse momento, vemos um flashback de Thomas Wayne dizedo a um jovem Bruce: “E se pudermos salvar uma vida, e não salvarmos, o que isso nos torna? Você tem que salvar a vida, Bruce. Não importa o que aconteça.”

Este momento ressalta todo o escopo do código moral de Bruce, que a regra de “Não Matar” não se trata apenas de evitar a morte, mas de sempre escolher proteger a vida. E vai além: para Batman, escolher não matar não se trata apenas de demonstrar misericórdia ou manter a superioridade moral. É também uma forma de punição. 

Asema é mãe de sua atual namorada, Scarlett, além de ter sido amiga de sua mãe, Martha, e esposa do cara que matou seus pais, Joe Chill. Puxado, né (Imagem: Reprodução/DC Comics)

Enquanto luta contra Asema, ela tenta apelar para Bruce, apontando quanta dor Chill causou a ambos. Batman responde: “Eu sei. E eu realmente sinto muito. Mas ele tem que viver com o que fez. Assim como você terá que viver com toda a dor que causou, Evelyn.”

Nesse contexto, a regra de “Não Matar” do Batman assume um novo significado. As palavras de Bruce sugerem que a própria vida e o peso dos próprios erros podem servir como punição. Quando Batman insiste em justiça e em seguir as regras, não é necessariamente para proteger os criminosos da morte. Faz parte da sentença, forçando-os a conviver com as consequências de seus atos. 

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