Torta contaminada: padaria afirma que padeiro era freelancer

O proprietário da padaria investigada por vender salgados contaminados havia contratado um funcionário temporário para atuar na cozinha do estabelecimento. Três pessoas estão internadas em estado grave após consumirem as tortas e empadas compradas no local, que fica localizado no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, que apura a possibilidade de intoxicação ou envenenamento dos alimentos.

Conforme aponta o boletim de ocorrência, o dono do comércio afirmou à Polícia Militar de MG que o funcionário havia sido contratado para atuar temporariamente na cozinha da padaria. De acordo com os depoimentos, os salgados que causaram mal-estar nas vítimas haviam sido preparados no sábado (19/4). O  padeiro freelancer não foi mais visto desde o domingo (20/4).

Os clientes passaram mal um dia após o sumiço do funcionário. As informações apontam que eles compraram e ingeriram os alimentos na segunda-feira (21/4). Como o proprietário realizava os pagamentos com dinheiro em espécie, não há informações acerca da identidade e residência do funcionário.

Investigação

As vítimas são uma idosa de 78 anos, moradora da capital, e um casal de jovens, de 23 e 24 anos, residentes em Sete Lagoas. Os três apresentaram sintomas graves após comerem os salgados comprados na segunda-feira (21). A idosa teve uma parada cardiorrespiratória e permanece no CTI de um hospital particular. O casal está intubado em unidade de terapia intensiva no hospital municipal de Sete Lagoas.

Segundo o boletim de ocorrência, as vítimas chegaram a retornar à padaria no mesmo dia, alegando que os produtos estavam com mau cheiro e aparência deteriorada. O reembolso foi feito pelos funcionários.

Peritos da Polícia Civil estiveram no local e recolheram amostras de alimentos e matéria-prima para análise. A padaria foi interditada preventivamente, e a Vigilância Sanitária deve retornar nesta quarta-feira para uma nova vistoria. A Prefeitura de Belo Horizonte não informou se o estabelecimento possuía todas as autorizações em dia.

Até o momento, os exames laboratoriais que devem confirmar a causa da intoxicação não foram concluídos. A suspeita inicial dos médicos é que a idosa tenha ingerido alguma substância tóxica semelhante ao chumbinho. No caso do casal, uma bactéria presente no alimento também é considerada.

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