

No Dia Mundial do Livro, conheça um pouco mais sobre a Biblioteca Municipal Domitila Borba – Foto: Gregori Flauzino/Decom Criciúma/ND
“Lá estão os livros enfileirados e atentos, ouvindo ansiosos, à espera que se tenha a fantasia de lhes enunciar uma ordem.” O trecho do poema “Os Livros”, de Donatila Borba, escritora que dá nome à Biblioteca Municipal de Criciúma, traduz o fascínio pelo livro, chamado por ela de “companheiro”, e destaca a rica representatividade dos autores locais. Neste Dia Mundial do Livro, conheça mais sobre o espaço no Sul de Santa Catarina.
Com um acervo estimado em 25 mil títulos, a Biblioteca Municipal Donatila Borba reúne obras oriundas de doações e aquisições da administração pública. Desse total, cerca de mil exemplares são de aproximadamente 300 autores criciumenses, representando estilos literários diversos, como poesia, contos, crônicas e romances.
Dia Mundial do Livro é celebrado em 23 de abril
Cristiane Maccari Uliana Zappelini, presidente da Fundação Cultural de Criciúma, ressalta a importância do livro na preservação da história e da memória local. Ela convida a comunidade a visitar a biblioteca, localizada na sede da instituição.
“Os livros nos permitem viajar sem sair do lugar e conhecer outros tempos, mesmo sem termos vivido neles. Neste ano do centenário, eles assumem um papel ainda mais especial: são pontes para revisitarmos as histórias e as memórias do nosso município. Estamos pesquisando muito sobre nossa trajetória, e olhar para o passado sob a perspectiva de quem viveu aquele tempo é uma experiência que apenas os livros nos proporcionam”, destacou.

Dia Mundial do Livro: conheça “Luz e Sonho”, escrito por Domitila Borba – Foto: Gregori Flauzino/Decom Criciúma/ND
A Biblioteca Municipal está aberta ao público das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h. Para ter acesso ao acervo, basta realizar um cadastro simples, com documento de identidade e informações básicas.
No Dia Mundial do Livro, saiba quem foi Donatila Borba
Natural de Torres, no Rio Grande do Sul, Donatila Borba nasceu em 1898 e dedicou a vida à educação, à literatura e ao teatro. Atuou como professora, bibliotecária e escritora, com obras como Áureas Sertanejas (1943), Luz e Sonho (1971) e Coração (1978).
Foi também cronista e charadista, com colaborações em jornais e revistas do país, e autora de hinos para entidades assistenciais e clubes de serviço. No teatro, dirigiu e encenou peças em Torres, São João do Sul, Araranguá e Criciúma. Na cidade, destacou-se com a montagem da comédia Casca Grossa, envolvendo artistas locais. Seu legado segue vivo na memória cultural da região.