O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) fez um alerta há cinco anos sobre o hábito de “ceva” de uma onça-pintada no mesmo local onde um caseiro morreu após ser atacado por uma onça-pintada, na região conhecida como Touro Morto, às margens do Rio Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, na noite de domingo (20/4).
Em um vídeo divulgado nas redes sociais há cinco anos, um especialista do IHP informou que o monitoramento ambiental presenciou uma cena “lamentável”: uma onça havia sido “cevada” — prática que consiste em alimentar felinos e outros animais para facilitar a visualização e exposição, de modo que fiquem sempre próximos ao local — e teve o comportamento natural alterado.
Veja o relato:
No vídeo, o especialista aponta que a onça-pintada foi exposta ao hábito da ceva.
Alimentar as onças altera o comportamento do animal, fazendo com que ele associe comida a humanos.
Ataque fatal
Um caseiro, conhecido como Jorginho, foi morto por uma onça, na noite de domingo (20/4), na região conhecida como Touro Morto, às margens do Rio Aquidauana, em Mato Grosso do Sul.
Conforme apurado pelo TopMídiaNews, parceiro do Metrópoles, Jorginho era bastante conhecido na localidade. Ele foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo à mata, onde atuava como cuidador de um pesqueiro particular.
A onça que devorou o caseiro foi flagrada por câmeras de segurança rondando a pousada rural dias antes do ataque.
A onça-pintada macho foi capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) na madrugada desta quinta-feira (24/4). O animal pesa 94 quilos e foi encaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande (MS).