Em jantar com líderes da base aliada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou-se “candidatíssimo” à reeleição em 2026. O encontro, organizado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também serviu para reforçar a aproximação entre Executivo e Legislativo.
Simultaneamente, Motta articulou com líderes de 14 partidos para adiar a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, isolando o PL de Jair Bolsonaro na defesa da urgência da proposta.
Lula reforça laços com o Congresso
Durante o jantar, que durou mais de duas horas, Lula fez um balanço de seu terceiro mandato e destacou a importância de manter uma relação sólida com o Parlamento. Ele afirmou que “o governo depende mais do Congresso do que o Congresso depende do Executivo”, sinalizando uma mudança de postura em relação ao contato com os congressistas.
O presidente também garantiu estar com a saúde em dia e confirmou publicamente sua intenção de disputar um quarto mandato presidencial. Em encontro anterior com senadores, ele havia deixado a possibilidade no ar.
Motta busca consenso para adiar anistia
Paralelamente, Hugo Motta articulou com líderes de 14 partidos uma estratégia para adiar a votação da proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A intenção é evitar que o tema avance no plenário sem um debate mais aprofundado, isolando o PL, que tem 92 deputados, e o Novo, com apenas quatro parlamentares, como únicos defensores da urgência.
O discurso público de Motta e de seus aliados será de que o texto precisa ser aperfeiçoado antes de qualquer votação, e que há temas mais urgentes na agenda do país, como economia, saúde e segurança pública.
PL pressiona por urgência na votação
O PL de Bolsonaro pressiona para que Motta coloque o projeto em votação no plenário, mas o presidente da Câmara tem resistido para evitar conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele participa de conversas em busca de um acordo para construir uma alternativa capaz de suavizar punições, sem abrir a porta para uma anistia completa.
O projeto atual, de autoria do deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), anistia todos os crimes cometidos por manifestantes com motivações políticas ou eleitorais desde o segundo turno das eleições de 2022, abrangendo inclusive organizadores e financiadores dos atos golpistas.
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