Anvisa testa 41 suplementos de creatina. Veja o que diz a agência

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nessa quarta-feira (23/4), o resultado de análises feitas com 41 suplementos alimentares de creatina disponíveis no mercado nacional.

Das 41 amostras avaliadas, apenas uma apresentou teor do nutriente abaixo do previsto. No entanto, quase todos os produtos analisados apresentaram algum tipo de erro de rotulagem.

A avaliação envolveu itens de 29 fabricantes, coletados no segundo semestre de 2024 em cinco estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. As análises foram conduzidas pelo laboratório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz.


Para que serve a creatina?

  • A creatina funciona como fonte de energia para as células musculares.
  • A suplementação auxilia no processo de construção e manutenção muscular, aumentando a força para a realização de exercícios de resistência e de alta intensidade.
  • O consumo do suplemento também facilita a recuperação no pós-treino. Como resultado, os usuários aumentam a massa muscular mais rapidamente.
  • Ela também pode ter benefícios para o cérebro e para a prevenção de doenças crônicas.

Teor de creatina dentro do padrão

Os produtos foram testados em três aspectos: concentração de creatina, presença de matérias estranhas e adequação da rotulagem. Segundo a Anvisa, 40 das 41 amostras analisadas apresentaram concentração dentro do limite permitido, sem variações que configurassem infração sanitária.

O único suplemento com teor abaixo do esperado segue sob apuração, e o nome da marca não foi divulgado.

Para estar regular, o produto precisa conter ao menos 3.000 mg de creatina e não ultrapassar 20% de variação em relação ao valor informado na rotulagem. Todas as amostras também foram consideradas satisfatórias em relação à ausência de matérias estranhas.

Problemas nas embalagens

A principal irregularidade identificada foi na rotulagem. De acordo com a agência sanitária, 40 dos 41 produtos avaliados apresentavam erros, como alegações não permitidas — inclusive em língua estrangeira —, informações nutricionais incompletas, ausência da quantidade de porções por embalagem e dados fora do padrão exigido.

Apesar de não representarem risco direto à saúde, essas falhas podem prejudicar o consumidor e deverão ser corrigidas. A Anvisa poderá notificar os fabricantes para ajustes, conforme exigem as normas em vigor.

Os suplementos alimentares são regulados pela RDC 843/2024 e pela IN 281/2024. A partir de setembro de 2025, todos os produtos vendidos no Brasil deverão estar completamente regularizados junto à agência.

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