Bolsonaristas da Alerj, se calam sobre live de venda, entrevista e visita de Malafaia, mas criticam intimação de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu uma intimação do Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. A notificação, entregue por uma oficial de Justiça, ocorreu após uma transmissão ao vivo feita por Bolsonaro, que indicava sua capacidade de ser formalmente citado.

A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A ação gerou forte reação entre deputados estaduais aliados de Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que expressaram indignação nas redes sociais.​

STF justifica intimação após live

O STF aguardava uma “data adequada” para notificar Bolsonaro devido à sua internação desde 13 de abril, após uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal. No entanto, a participação do ex-presidente em uma live no dia 22 de abril, promovendo um capacete de grafeno ao lado de seus filhos e do ex-piloto Nelson Piquet, levou o Supremo a considerar que ele estava apto a receber a intimação.​

A oficial de Justiça chegou ao hospital por volta das 10h30 e entregou o mandado às 12h47. Bolsonaro, visivelmente contrariado, questionou a presença da oficial na UTI e criticou a decisão de Moraes. “A senhora tem noção de que está em uma sala de UTI do hospital?”, perguntou o ex-presidente. Ele também sugeriu um debate público com o ministro do STF.​

Deputados da Alerj criticam ação do STF

Parlamentares bolsonaristas da Alerj manifestaram-se contra a intimação de Bolsonaro no hospital. Filippe Poubel (PL) classificou o episódio como “Absurdo. Insano! Desumano e Cruel” em sua conta no Instagram. Rodrigo Amorim (União Brasil) resumiu sua indignação com a frase “Perderam os limites!”. Marcelo Dino (União Brasil) comparou o caso à ação contra Guilherme Boulos, afirmando que “Justiça fica 6 anos sem encontrar Boulos e ação por dano ao patrimônio é extinta”. Márcio Gualberto (PL) compartilhou a reportagem que revelou o momento da intimação.​

Processo penal e prazos

Com a intimação, Bolsonaro tem cinco dias para apresentar sua defesa prévia na ação penal que o acusa de tentativa de golpe de Estado. Ele poderá indicar testemunhas e apresentar provas. O processo é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e inclui outros sete réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista.

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