Lideranças do PL fizeram um aviso ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante a reunião de líderes desta quinta-feira (24/4), na qual ficou decidido adiar a votação do pedido de urgência ao PL da Anistia.
Irritadas com a articulação contra a urgência, as lideranças de oposição avisaram que, apesar do chancela dos líderes do Centrão para barrar a votação, será Motta o alvo da pressão dos bolsonaristas.
O presidente da Câmara deixou a decisão sobre votar ou não a urgência do PL da Anistia a cargo dos líderes. Mesmo os representantes de bancadas que majoritariamente assinaram o requerimento, como é o caso do União Brasil, optaram pelo adiamento da discussão.
Até mesmo o líder do PP na Câmara, deputado Dr. Luizinho (RJ), que assinou a urgência ao projeto, seguiu a corrente majoritária de não pautar a urgência, o que irritou ainda mais as lideranças de oposição.
Jantar decisivo
Na visão dos bolsonaristas, a decisão contra a urgência foi tomada antes da reunião, durante o jantar que os líderes tiveram com Lula. O argumento usado foi de que as bancadas “assinaram sem saber” o conteúdo do texto.
O PL da Anistia atualmente se encontra em um “limbo” na Câmara. O relatório elaborado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE) na Comissão de Constituição e Justiça ainda não foi votado.
Com a urgência, a oposição conseguiria levar o projeto diretamente ao plenário. O tema deverá voltar a ser debatido na próxima quarta-feira (30/4), quando ocorrerá uma nova reunião de líderes.