Congresso revoga norma antifraude no INSS durante governo Bolsonaro

Em agosto de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Congresso Nacional revogou uma norma que exigia a revalidação periódica de autorizações para descontos em benefícios do INSS. A medida, criada pela Lei nº 13.846/2019, visava combater fraudes em consignações feitas por entidades de aposentados.​

A revogação ocorreu durante a tramitação de uma medida provisória sobre microcrédito digital, após pressão de entidades beneficiadas. Com isso, o prazo para revalidação passou de dois para três anos, podendo ser prorrogado por mais um ano por decisão do presidente do INSS.​

Crescimento dos descontos e prejuízos

Após a mudança, os valores descontados de aposentados e pensionistas aumentaram significativamente:​

  • 2021: R$ 536,3 milhões
  • 2022: R$ 706,2 milhões
  • 2023: R$ 1,299 bilhão
  • 2024: R$ 2,637 bilhões​

O número de entidades conveniadas também cresceu, passando de 15 para 33 no período.​

Operação investiga desvios bilionários

Em abril de 2025, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação para investigar desvios de até R$ 6,3 bilhões em contribuições indevidas no INSS. A ação resultou no afastamento e posterior exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.​

Além da cúpula do INSS, 11 entidades foram alvo da operação, suspeitas de envolvimento em descontos irregulares e fraudes em benefícios previdenciários. ​Valor Econômico

Histórico da legislação antifraude

A Lei nº 13.846/2019, sancionada por Jair Bolsonaro, estabeleceu medidas para combater fraudes no INSS, incluindo a exigência de revalidação bienal das autorizações de desconto. ​

Contudo, a revogação dessa exigência em 2022 enfraqueceu os mecanismos de controle, contribuindo para o aumento de descontos indevidos e prejuízos aos beneficiários.​

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