

Aracaju se prepara para implantar um projeto voltado ao uso de tecnologia no cuidado ao público infantojuvenil com diabetes tipo 1. Nesta quinta-feira, 24, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reuniu-se com vereadores para apresentar o plano de aplicação dos R$ 652 mil em emendas impositivas destinadas ao tratamento de crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1). Os recursos serão utilizados na aquisição de sensores de glicemia e na capacitação das equipes multiprofissionais que atuarão no acompanhamento dos pacientes.
A iniciativa marca um avanço e coloca a capital sergipana entre as cidades pioneiras nesse tipo de atendimento especializado. “Esse é um projeto piloto essencial para desenvolver a qualidade de vida dos aracajuanos. Estamos tratando de algo que pode salvar vidas e dar dignidade às famílias que convivem com a doença. A questão é muito séria e às vezes os pais não têm nem conhecimento do que deve fazer e do que pode fazer, então a gente quer levar informação e aprimorar o tratamento”, afirmou.
Embora o SUS ofereça tratamento integral para DM1, incluindo insulinas, nem todas as capitais oferecem o sensor gratuitamente. A secretária da Saúde, Débora Leite, destacou os desafios de promover e estruturar essa linha de cuidado pela rede municipal. “Temos um plano de trabalho para aquisição dos kits que irão fazer o monitoramento e vamos promover educação em saúde para as famílias lidarem com o novo dispositivo. Além disso, como isso é novo para a rede, os próprios profissionais de saúde também precisam ser capacitados”, detalhou.
A coordenadora da Rede de Atenção Especializada (REAE), Tércia Monteiro, ressaltou o impacto direto na rotina das crianças. “São jovens que fazem medições até seis vezes ao dia. O sensor representa menos sofrimento e mais precisão no controle da doença”, explicou.
O projeto também conta com o respaldo do representante do Instituto Diabetes Brasil, Cândido Rocha. “Estamos mudando o paradigma: saindo da espera pela complicação para atuar na prevenção. Esse sensor é uma ferramenta fundamental para evitar comorbidades graves como cegueira, amputações e insuficiência renal”, enfatizou.
O Legislativo teve papel essencial na destinação das emendas. Para o vereador Elber Batalha (PSB), a ação representa um divisor de águas. “Hoje aqui se fez história, é um tratamento que não existia no município de Aracaju, é um instrumento tecnológico que tem certo custo significativo, que está fora da capacidade financeira da maioria dos pais e mães carentes da nossa cidade. Agora, essas crianças têm perspectiva real de uma vida melhor e mais longa”, reconheceu.
Já a vereadora Sônia Meire (Psol) destacou o compromisso com a saúde pública. “Aracaju será a primeira cidade de Sergipe que, de fato, vai tentar aplicar um projeto piloto que dê melhor qualidade de vida a esses pacientes diabéticos. Essas emendas que nós vereadores dedicamos é para dar início a esse projeto de defesa da vida, de um tratamento preventivo”, avaliou.
O projeto começa a ser implementado assim que as emendas forem oficialmente liberadas e promete transformar a forma como o município cuida de suas crianças com DM1, estabelecendo um novo padrão de excelência e acolhimento no SUS.
Fonte: Ascom/SMS
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