Vitor Kley estabelece prioridades em “As Pequenas Grandes Coisas”

Vitor Kley sabe quais são “As Pequenas Grandes Coisas”. O álbum de inéditas chega hoje, 25 de abril, às plataformas de música, com 11 canções autorais.

Ouça aqui: https://orcd.co/apgc

Nos últimos dois anos, após encerrar o ciclo de seu quinto álbum, A Bolha, Vitor Kley reservou um tempo para tomar fôlego, pois estava prestes a dar o mergulho mais profundo em sua já bem-sucedida carreira. A coragem de encerrar ciclos e desviar de caminhos de sucesso garantido, por onde ele trafegou nos oito anos anteriores, presenteiam o público com sua obra mais rica, “As Pequenas Grandes Coisas”.

O sexto disco do cantor, que debutou aos 14 anos em 2009, foi arquitetado entre São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Portugal. Pela primeira vez, Vitor assina também a produção musical, trabalhando ao lado de Paul Ralphes, Giba Moojen, Marcelo Camelo e Felipe Vassão, com liberdade criativa para arranjarem as 11 canções com o que cada uma pedia de melhor. A unidade é costurada pela voz e violão inconfundíveis do artista. A temática de amor permanece, mas agora ganha reforço filosófico e existencial.

“As Pequenas Grandes Coisas” é tudo menos a permanência em bolha de segurança. Também não é um rompimento com a bolha. Vitor simplesmente leva para viajar por outras paradas, para outros destinos e gêneros a mensagem solar melódica que é sua marca.

De cara, em “Que Seja de Alegria”, embarcamos no violão característico de Vitor e ele desvia o voo para uma fusão entre MPB e funk-RnB-soul com batida quebrada que daria orgulho de Jorge Ben a Tim Maia. Nem bem pousamos da magia inicial e somos levados a uma Bossa Bolero Beat na combinação de percussão, voz e violão de “Carta Marcada”, que flutua entre a nova e tradicional MPB.

“Uma Porrada de Problema” tem a marca da trajetória do cantor em balada para se cantar junto, e então deságua uma métrica quase balada suingada reggae em “Quando é Para Ser”.

O miolo do álbum reserva outra balada típica de Vitor em “Vai Ficar Bem” e em um pop rock dançante oitentista com “De Novo”, até que o artista se une a um ícone da geração anterior à dele, Marcelo Camelo (que também foi um dos produtores), no amor ao samba em “Tudo de Bom (Ô Moça)”.

“A Gente Pode Sair Dessa” abre com um violão como se timbrada para o hitmaker Lulu Santos e no restante da canção a referência o encheria de orgulho. “Segredos” é composição antiga de Vitor – data de 2016, anterior até ao sucesso que alcançou com “O Sol” –, e é da mesma safra, na levada de MPB com pop e rock, mas dessa vez com uma referência herdada pelos pais, Fleetwood Mac.

A reta final guarda o momento mais catártico, profundo e emocionante de “As Pequenas Grandes Coisas”. Em “Vai Por Mim”, uma grande homenagem ao seu pai, ele convida o filósofo Clóvis de Barros Filho, para dividir o vocal,. “Nossa vida vale pela capacidade de amar e pela sorte de ser amado. A alegria indica a direção da vida”, declama o convidado, em canção que abre na bossa e termina em quase rock.

“Arco-Íris” fecha o trabalho com influência de blues e a mensagem de que o fenômeno óptico de cores acaba no fundo do mar, e que só aqueles que se dispõem aos mergulhos profundos chegam ao pote de ouro, que é a descoberta do sentido da vida. E não é segredo para ninguém de que a matéria-prima deste tesouro são as pequenas grandes coisas.

As Pequenas Grandes Coisas

Arco-íris (Vitor Kley)

Que Seja de Alegria (Vitor Kley)

Carta Marcada (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Gabriel Froede, Androla, Tauanna Maia)

Uma Porrada de Problema (Vitor Kley, Gustavo Simão)

Quando É Pra Ser (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Tauanna Maia)

Vai Ficar Bem (Vitor Kley)

De Novo (Vitor Kley)

Tudo de Bom (Vitor Kley)

A Gente Pode Sair Dessa (Vitor Kley, Deco Martins, João Ferreira, Filipe Toca)

Segredos (Vitor Kley)

Vai Por Mim feat. Clóvis de Barros (Vitor Kley, Clóvis de Barros)

O post Vitor Kley estabelece prioridades em “As Pequenas Grandes Coisas” apareceu primeiro em Diário Carioca.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.