Roma – Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, neste sábado (26), a necessidade urgente de negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia e a violência de Israel na Faixa de Gaza. As declarações ocorreram em Roma, após a missa fúnebre do papa Francisco, que reuniu cerca de 50 líderes mundiais, incluindo Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
O presidente lamentou a ausência de iniciativas de paz. “Ninguém quer falar em paz”, afirmou. Para ele, o diálogo é essencial, porque a guerra “está ficando sem explicação”. Lula reforçou que o Brasil continuará insistindo em ser mediador entre os envolvidos.
Lula defende negociações e critica conflitos
Durante o funeral, Lula comentou rapidamente sobre o encontro entre Trump e Zelensky, realizado na Basílica de São Pedro. Disse não saber o teor da conversa, mas destacou que qualquer tentativa de diálogo é positiva.
Contudo, o presidente brasileiro foi além: “O Brasil continua teimando que a solução é a negociação. Precisamos de acordos não apenas para Ucrânia e Rússia, mas também para acabar com a violência em Gaza”.
Sem cumprimento a Trump
Lula revelou que não cumprimentou Donald Trump durante a cerimônia. Segundo ele, a confusão para garantir a segurança na saída da basílica impediu o contato. “Não olhei nem para o lado. Eu não vi o Trump, na verdade”, explicou.
A relação entre Brasil e Estados Unidos enfrenta tensão recente. Em abril, o governo americano anunciou novas tarifas de importação que impactaram 180 países. O Brasil, embora tenha sido taxado na menor faixa (10%), sentiu os efeitos.
Trump comenta sobre o Brasil
Em entrevista no dia 25, Trump afirmou que o Brasil é um dos países que “sobrevivem” e “ficaram ricos” graças às tarifas sobre produtos americanos. A fala reforçou o clima de distanciamento entre os dois governos.
Homenagem emocionada ao papa Francisco
Após a cerimônia, Lula prestou homenagem ao legado de papa Francisco, ressaltando sua importância para o combate às desigualdades. “Tenho muito apreço pelo seu comportamento como homem e religioso. Prestou serviços à humanidade”, disse.
Lula ainda expressou o desejo de que o próximo pontífice siga os mesmos princípios. “Quisera Deus que o próximo papa tivesse o mesmo coração, os mesmos compromissos religiosos e sociais que teve Francisco”, afirmou.
Antes de embarcar para o Brasil, Lula destacou a importância da participação nas cerimônias fúnebres. Para ele, foi um ato de respeito “como cristãos, religiosos e políticos” a uma pessoa “admirável”.
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