O ex-presidente Jair Bolsonaro está internado há 13 dias na UTI do Hospital DF Star, após passar por uma cirurgia de desobstrução intestinal. Embora ainda não tenha previsão de alta, Bolsonaro tem recebido visitas dentro da UTI, o que gerou preocupações sobre a violação de protocolos de segurança hospitalar. A presença de aliados, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia, foi questionada pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, que abriu uma investigação para apurar possíveis falhas nos critérios de acesso ao ambiente restrito.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) destacou que o acesso à UTI deve ser restrito a pessoas autorizadas pela equipe médica, observando a necessidade de controlar o número de visitantes e garantir o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A visitação descontrolada, segundo o CFM, pode comprometer a recuperação dos pacientes e aumentar o risco de infecções hospitalares.
Bolsonaro, que teve piora clínica no dia 24 de abril, com alterações nos exames hepáticos e aumento da pressão arterial, tem sido monitorado de perto pelos médicos. No entanto, apesar de seu estado de saúde delicado, ele continuou com atividades, como dar entrevistas à mídia e fazer uma live para vender capacetes. No dia 23 de abril, uma oficial de justiça entregou a intimação a Bolsonaro sobre a abertura de uma ação penal relacionada a um suposto plano de golpe de Estado. Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser líder de uma organização criminosa.
A entrada de aliados na UTI, com a devida autorização do hospital, foi uma questão levantada pelo Conselho de Medicina, que afirmou ser responsabilidade da instituição hospitalar estabelecer critérios claros sobre o número de pessoas permitidas na UTI e as normas para essas visitas. O CRM-DF segue monitorando o caso, e mais informações devem ser divulgadas à medida que a investigação avance.