O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará nesta terça-feira (29/4) um decreto que tratará de tarifas comerciais impostas sobre a indústria automotiva. A confirmação foi feita há pouco pela Casa Branca.
Embora não tenha sido detalhado o conteúdo do decreto, a expectativa é a de que Trump reduza as taxas aplicadas inicialmente sobre automóveis e peças do setor automotivo.
“O presidente Trump se reuniu com montadoras nacionais e estrangeiras e está comprometido em trazer de volta a produção de automóveis para os EUA”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, em entrevista a jornalistas.
“Por isso, queremos oferecer às montadoras um caminho para fazer isso de forma rápida e eficiente e criar o maior número possível de empregos”, completou o auxiliar de Trump.
O presidente dos EUA deve fazer um pronunciamento ao anunciar as novas medidas, de acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Setor automotivo pressionou Trump
Nessa segunda-feira (28/4), fabricantes de automóveis afirmaram ter expectativa de que Trump anunciasse uma diminuição nas tarifas impostas sobre a indústria automotiva antes de sua viagem a Michigan, estado no qual estão localizadas empresas como General Motors, Ford e Stellantis.
Na semana passada, diversos grupos do setor apelaram a Trump para que houvesse uma redução das taxas de 25% sobre peças automotivas importadas, alegando que isso levaria a uma diminuição das vendas de veículos e à alta dos preços.
De acordo com autoridades da Casa Branca, há possibilidade de alívio nas taxas impostas a peças estrangeiras utilizadas em carros fabricados nos EUA.
“O presidente Trump está construindo uma parceria importante com os fabricantes nacionais e com os nossos grandes trabalhadores americanos”, afirmou o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Esse acordo é uma grande vitória para a política comercial do presidente, ao recompensar empresas que produzem no país, ao mesmo tempo em que oferece uma transição para os fabricantes que expressaram compromisso em investir nos EUA e ampliar sua produção doméstica”, completou Lutnick.