O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (29/4), para discutir propostas de parcerias com a iniciativa privada para reduzir o tempo de espera por atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o titular da pasta, o presidente autorizou o avanço do projeto.
A redução de filas na saúde pública é uma das promessas de campanha de Lula. O Programa Mais Acesso a Especialistas, lançado no ano passado, era uma das apostas para reverter o problema, mas não teve o retorno esperado. Esse, inclusive, foi um dos motivos que levou o presidente a trocar o comando do Ministério da Saúde, em fevereiro, com a saída de Nísia Trindade para a entrada de Padilha.
Segundo o ministro, as parcerias com hospitais, ambulatórios e operadoras de planos de saúde serão fundamentais para suprir a demanda represada pela pandemia de Covid-19.
“Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer — nós temos 30 dias para garantir o diagnóstico, 60 dias para iniciar o tratamento —, só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, explicou o titular da Saúde.
De acordo com Padilha, a expectativa é de que essas parcerias sejam implementadas ainda neste ano. “Trouxemos várias propostas sobre isso para o presidente, e ele nos autorizou, junto com a Casa Civil, tratarmos com os demais ministérios envolvidos nesse tema para que a gente possa fazer esse redesenho e impulsionar novas parcerias com hospitais privados e planos de saúde para atender pelo SUS”, reforçou.
Vacinação
Outro assunto discutido na reunião foi o avanço das campanhas de vacinação. O ministro anunciou que 10 de maio será o Dia D para a imunização contra a gripe, com ações em todo o país para ampliar as taxas de vacinação.
“O Brasil vai voltar a ter ‘dias Ds’ nacionais de campanha de vacinação, que havia sido interrompido pelo governo anterior. Mobilização em todo o pais para reforçar a importância da campanha da influenza”, destacou Padilha.