Sara Sabry, a primeira pessoa egípcia e mulher árabe a ir para o espaço, falou sobre os desafios físicos e psicológicos que enfrentou durante as missões em que esteve envolvida. Em 2022, ela fez parte da tripulação da missão Blue Origin NS-22, a bordo do foguete New Shepard.
- China usa estilingues gravitacionais e salva satélites presos em órbita errada
- Kosmos 482 | Sonda soviética vai despencar na Terra em maio após 53 anos vagando
Durante a conferência, que aconteceu nesta terça-feira (29) durante o Web Summit Rio 2025, Sara comentou sobre sua preparação física para as missões, que incluiu treinos de força e resistência. Mas, além do esforço físico envolvido, ela também destacou a influência psicológica causada pelas viagens espaciais — um tópico que costuma ser pouco falado e até mesmo subestimado em alguns casos, apesar de tão importante quanto o lado físico da coisa.
“É algo que realmente subestimamos porque realmente não pensamos qual é a influência que ver a Terra do espaço tem no cérebro de alguém. Mas, se você pensar bem, não evoluímos biologicamente para vivenciar algo assim. Então, isso tem um grande impacto em como você vê o mundo, como isso realmente muda seu cérebro”, afirmou.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Para ela, que já trabalhava como instrutora de yoga e crossfit, a parte física não foi exatamente um problema. A psicológica, por sua vez, envolveu alguns desafios pessoais, como ter que lidar com a possibilidade das coisas darem errado e, até mesmo, com a morte.
“O que foi realmente muito novo para mim foi a parte psicológica”, afirmou Sara. “Em como você lida com a ideia de que as coisas podem dar errado, como você aceita a possibilidade da morte… Como você aceita tudo isso? Isso realmente muda você”, completou.
Sara reforçou que, atualmente, as missões estão muito mais seguras, mas ainda assim não são completamente isentas de risco — e, por isso, é necessário ter uma preparação prévia para enfrentar as possíveis intercorrências que podem haver no meio do caminho. “É realmente algo que muda completamente sua relação com o medo. Muda sua relação com você mesmo”, finalizou a astronauta.
Veja mais do Canaltech:
- Astronauta mais velho da NASA comenta foto e revela que não se sentia muito bem
- Telescópio James Webb encontra buraco negro supermassivo que ‘tinha sumido’
- Curiosity, rover da NASA, revela pista importante de que Marte já foi habitável
Assista ao vídeo e veja coisas que seu smartphone é capaz de fazer
Leia a matéria no Canaltech.