Zelensky rejeita ceder terras à Rússia: “Sem recompensas para Putin”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir, nesta terça-feira (29/4), o fim da guerra com a Rússia, mas reforçou que não aceitará qualquer acordo que envolva a cessão de territórios ocupados por Moscou. Em discurso durante conferência em Kiev, ele foi enfático: “Nenhuma recompensa para Putin – especialmente sem território”.

“Infelizmente, a Rússia ainda está próxima – e não vemos nenhuma mudança real em seu comportamento”, declarou Zelensky.

O líder ucraniano pressionou, novamente, a comunidade internacional por uma posição mais firme diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022. Segundo ele, uma “paz verdadeira e duradoura” só será possível com a retirada total das tropas russas e a responsabilização pelos crimes cometidos durante o conflito.


Negociações seguem em crise

  • Após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar um cessar-fogo temporário durante o feriado de Páscoa com a Ucrânia, Zelensky “debochou” de Putin e afirmou que a trégua temporária era uma forma de “brincar com vidas humanas”.
  • O líder ucraniano, declarou no domingo de Páscoa, que o exército russo violou o cessar-fogo de Vladimir Putin mais de 2 mil vezes.
  • Donald Trump, segue fazendo o papel de intermediador entre as partes para que o conflito, que perdura há três anos, tenha um fim. Visando seus desejos pessoais, além da paz entre os países, um fator determinante para o norte-americano, é que Zelensky aceite o acordo mineral.
  • Volodymyr segue firme na retórica de que não pretende “vender seu país” aos EUA, e se recusa a desocupar os territórios conquistados pela Ucrânia durante a guerra com a Rússia.
  • Na última quarta-feira (23/4), Trump criticou o ucraniano dizendo que “a Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia. Não há nada para discutir aqui”. Ele disse que Zelensky poderia perder o país inteiro caso não abrisse mão do território.

Os Estados Unidos sinalizaram que poderiam aceitar, em uma proposta de acordo de paz, que a Rússia mantivesse não apenas a Crimeia, anexada em 2014, mas também os territórios que atualmente controla na linha de frente da guerra. Desde o início da invasão em 2022, Moscou ocupa cerca de 20% do território ucraniano.

Nesta terça-feira (29/4), o Kremlin também se manifestou sobre os esforços internacionais para encerrar a guerra. Segundo Moscou, a Ucrânia ignorou diversas propostas do presidente Vladimir Putin para iniciar negociações diretas de paz — algo que, conforme o governo russo, continua sendo a principal prioridade.

O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que a Rússia não pode responder à proposta de cessar-fogo de 30 dias feita por Volodymyr Zelensky sem antes resolver todas as “nuances” envolvidas, segundo agências de notícias russas.

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