Caso Tio Paulo: sobrinha tentou se enforcar em clínica, diz laudo

Érika de Souza Vieira Nunes, sobrinha de Paulo Roberto Braga, o Tio Paulo, e ré em um processo por levá-lo morto a uma agência bancária no Rio de Janeiro, tentou se matar com um lençol em uma clínica de repouso na zona oeste da capital fluminense.

O episódio ocorreu no fim de março, após Érika ter dado entrada na clínica no dia 12, apresentando queixas de ansiedade, depressão e intensa “ideação suicida”.

De acordo com o atestado médico obtido pelo Metrópoles, durante a internação, “houve um episódio no qual tentou enforcar-se fazendo uma corda com o lençol de sua cama”.

O caso só chegou ao conhecimento da Justiça porque Érika seria ouvida na fase final do processo. Oficiais de Justiça tentaram localizá-la para intimá-la a comparecer em juízo, mas não a encontraram.

A ré responde a um processo pelo episódio ocorrido em abril do ano passado, quando levou o tio, já morto, para sacar R$ 17 mil em uma agência bancária. O caso gerou bastante repercussão nas redes sociais.

Veja o vídeo do caso

 

O processo está na fase de instrução e julgamento, em que o juiz analisa as provas orais. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ainda pretende ouvir o enfermeiro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu Tio Paulo, antes de definir se pedirá o julgamento de Érika ou sua absolvição por insanidade mental.

Enfermeiro é peça-chave

Nas oitivas retomadas em fevereiro, os promotores reforçaram o interesse em ouvir o enfermeiro antes de apresentar as alegações finais. À época do caso, o profissional relatou à polícia que, ao chegar à agência bancária, encontrou Tio Paulo já sem vida, com sinais de livor mortis — que costumam surgir cerca de duas horas após a morte.

Oficiais de Justiça, no entanto, não conseguiram localizá-lo nos endereços registrados. Diante disso, a juíza responsável marcou nova audiência para 14 de maio, com o objetivo de ouvir o profissional, que deverá ser intimado pessoalmente na UPA 24h de Duque de Caxias (RJ), onde trabalha.

Enquanto isso, a defesa de Érika solicitou a convocação de um psiquiatra para depor a seu favor. Segundo os advogados, o médico comentou, nas redes sociais, que os medicamentos administrados à ré podem afetar a consciência.

Érika é ré desde maio do ano passado pelos crimes de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Ela chegou a ser presa, mas foi posteriormente liberada.

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