São Paulo — Em viagem à Ásia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu a construção de bolsões de estacionamento para carros no Elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão, na região central da capital. Criticada por urbanistas e pela oposição, a medida foi implantada nesta semana pelo vice, coronel Mello Araújo (PL), que ocupa pela primeira vez o cargo de prefeito interino.
Ao Metrópoles, nesta quarta-feira (30/4), Nunes argumentou que a motivação para as obras é estética. “Nossa ideia é tornar os espaços que estão feios em espaços bonitos”, explicou.
Um vídeo gravado por Nunes e encaminhado pela assessoria de imprensa exibe um viaduto no Japão, como modelo que o gestor municipal pretende implantar em São Paulo. Veja:
Obras no Minhocão
- Desde esta segunda-feira (28/4), a prefeitura passou a instalar, de forma experimental, um estacionamento no canteiro central sob o viaduto da rua Amaral Gurgel, entre os cruzamentos com as ruas General Jardim e Major Sertório.
- De acordo com o prefeito interino, o objetivo da intervenção é achar alternativas para diminuir o descarte irregular de lixo embaixo do Minhocão.
- A oposição, no entanto, classifica a medida de higienista, com o intuito de retirar os moradores de rua que vivem sob o viaduto.
- O início das obras gerou reações negativas de movimentos ligados ao cicloativismo e vereadores da oposição, que alegam que a iniciativa vai retirar a ciclovia que passa pelo local. Contudo, a prefeitura nega.
- “A gente pegou um pedaço, tem uma calçada larga que sobrou para ciclovia. Então não atrapalha em nada. A ciclovia permanece. Agora, tem a turma que para tudo reclama. Ninguém falou que não ia ter ciclovia”, disse o coronel Mello Araújo.
Fotos feitas no local mostram trechos da ciclovia que passa no local apagados. De acordo com o prefeito interino, a ciclovia será repintada. A prefeitura informou ainda que o objetivo é avaliar a viabilidade da medida e que outras ideias podem ser testadas.