Visto para nômades digitais simplifica processo imigratório

Trabalhar de qualquer lugar do mundo, explorar novas culturas e manter uma renda de forma remota já é uma realidade para muitos profissionais. Segundo estimativas, cerca de 35 milhões de profissionais já atuam como nômades digitais em todo o mundo, conforme dados do último Relatório Global de Tendências Migratórias, realizado pela Fragomen.

De acordo com a pesquisa, o número de pessoas que atuam por meio desta modalidade pode chegar a um bilhão em 2035, ainda segundo o estudo, compartilhado pelo site InfoMoney. 

No YouTube, as buscas pelo termo “nômade digital” aumentaram 43% no início de 2025, em relação ao mesmo período em 2024, de acordo com dados do Google Trends repercutidos pelo Jornal Tribuna.

Para facilitar esse estilo de vida, diversos países criaram vistos para nômades digitais, uma autorização que permite residência temporária para quem trabalha on-line. Recentemente, foi a vez da Nova Zelândia anunciar a flexibilização das regras de visto de visitante para permitir que os turistas possam trabalhar de forma remota a fim de impulsionar o setor de turismo e a economia. 

Raquel Augustin, diretora da WeVisa, consultoria especializada em vistos, imigração e cidadania, destaca que alguns dos países que oferecem esse tipo de visto são Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Estônia, Croácia, Grécia, Canadá, Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Inglaterra.

“Apesar do interesse crescente, muitos brasileiros ainda se perguntam como esse visto funciona, quais países oferecem essa possibilidade e como solicitá-lo”, destaca Augustin.

O visto para nômades digitais é uma autorização de residência temporária com a exigência de um local fixo no país que irá residir e de longa permanência, ou seja, pode ser hábil para qualquer pessoa que tem a possibilidade de trabalhar remotamente, sejam empreendedores, colaboradores de empresas estrangeiras, donos de negócios digitais, como vendedores de cursos e mentorias on-line, entre outros.   

“O nômade digital não é uma profissão, mas um estilo de vida. Esses vistos são voltados para quem tem renda própria e mantém seu vínculo empregatício no país de origem, sem depender de empregos locais”, explica a especialista.

Quais são os requisitos para obter o visto?

Os documentos exigidos para solicitar o visto de nômade digital variam conforme o país, mas geralmente incluem:

  • Passaporte válido;
  • Comprovação de renda (valor mínimo exigido por cada país);
  • Seguro saúde internacional;
  • Carta de teletrabalho (comprovação de emprego remoto ou contratos);
  • Atestado de antecedentes criminais.

Augustin ressalta que muitas negativas de visto acontecem por erros na documentação ou falta de clareza ao comprovar vínculos. 

Visto de nômade digital versus visto de trabalho tradicional: qual a diferença?

A diretora da WeVisa conta que, enquanto o visto de trabalho tradicional exige um contrato com uma empresa local, o visto de nômade digital é mais flexível.

“O visto de nômade digital permite trabalhar remotamente para empresas de qualquer país, dispensa carta-convite de empregador e é ideal para funcionários remotos”, explica. “Já o visto de trabalho tradicional exige contrato com empresa local. Além disso, geralmente depende de uma oferta de trabalho no país e é voltado para quem vai se empregar nesse país”, complementa.

Em muitos países, após um tempo com o visto de nômade digital, é possível renová-lo ou até solicitar residência permanente.

“Na Espanha, por exemplo, após dois anos de residência legal e contínua com o visto nômade, você pode solicitar a cidadania espanhola por tempo de residência”, explica Augustin. 

Assessoria especializada pode ajudar com burocracias

Augustin explica que o processo de solicitação de um visto de nômade digital pode ser complexo, e erros simples podem levar à negação do visto.

“Uma resposta mal formulada ou documento incompleto pode ser suficiente para uma negativa. Assessorias como a WeVisa ajudam a organizar a documentação, evitar erros e aumentar as chances de aprovação”, afirma.

Contar com o suporte de uma assessoria pode ser útil, pois esta detém conhecimento das leis de imigração e pode ajudar com elementos como documentação e estratégias personalizadas. “Além disso, com o devido suporte, é possível evitar atrasos e contratempos e contar com acompanhamento em todo o processo”, diz a diretora. 

Augustin destaca que, além da liberdade geográfica, o estilo de vida de nômade digital traz benefícios, como imersão em novas culturas e flexibilidade para trabalhar de qualquer lugar.

“Com a modalidade, o profissional pode alcançar a melhora na saúde mental e equilíbrio vida-trabalho, além de ampliar as oportunidades de networking internacional”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://wevisa.com.br/

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