Veja condomínio de luxo em praia paradisíaca que liga prefeito de Salvador a operador da Overclean

Pé na areia, com vista para o mar cristalino e rodeado por recifes de coral: o condomínio Bay View, na Península de Maraú (BA), é um refúgio de alto padrão em uma das regiões mais paradisíacas do litoral baiano. Situado de frente para a Baía de Camamu, o loteamento reúne casas com área de lazer completa, estacionamento privativo e portaria 24 horas, em um trecho de praia conhecido por suas águas calmas e paisagens preservadas. É nesse cenário de exclusividade e sofisticação que se desenrola uma investigação que pode envolver o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

A apuração exclusiva da coluna revela que dois apartamentos no Bay View foram adquiridos em nome do empresário Samuca Franco, investigado pela terceira fase da Operação Overclean, da Polícia Federal. Um deles, no entanto, teria como verdadeiro proprietário o próprio Bruno Reis, segundo documentos e testemunhas ouvidas pela reportagem — incluindo moradores, corretores e prestadores de serviços.

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Eles relatam que o prefeito participou diretamente da escolha do imóvel e acompanhou a execução de serviços como decoração, instalação de ar-condicionado e reforma do mobiliário. Mesmo com a unidade registrada em nome de Franco, fontes apontam Reis como o responsável pelas decisões relacionadas à personalização do apartamento.

A relação entre os dois não é apenas informal. Desde 2022 Bruno Reis é sócio de Samuca Franco na empresa SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda., com 10% das cotas adquiridas por meio da BB Patrimonial, empresa em nome do prefeito e de seus filhos.

As suspeitas surgem no contexto da Operação Overclean, que investiga desvios de R$ 1,4 bilhão em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Franco é apontado como um dos operadores financeiros do esquema.

A Polícia Federal foi procurada pela coluna, mas informou que não comenta investigações em andamento. A defesa de Bruno Reis também foi acionada, mas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

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