Marinho diz que continuidade de Lupi depende da reação à crise no INSS

São Paulo — A pressão sobre o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), após a crise provocada pelas fraudes de descontos de aposentadorias no INSS foi exposta na entrevista do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), antes do ato do Dia do Trabalhador, na praça do Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista.

“A continuidade do ministro vai muitas vezes de uma avaliação política e não se ele tem culpa ou não. E vai também do próprio ministro avaliar se tem condições de dar resposta. É uma decisão política”, afirmou Marinho.

Petistas próximos a Lula dizem que a reação do ministro foi considerada insuficiente no Palácio do Planalto, o que hoje pesa contra Lupi. Uma demonstração da perda de influência do ministro é o fato dele não ter apontado um substituto para Alexandre Stefanutto, ex-presidente do INSS, demitido após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF).

O novo presidente do Instituto, Gilberto Waller Júnior, foi nomeado na quarta-feira (30) por Lula e a indicação partiu de Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

Entenda a crise no INSS

  • Um esquema operado dentro do INSS descontou aposentadorias para beneficiar entidades associativas. Parte dos aposentados não autorizaram que o desconto fosse aplicado aos seus rendimentos. A fraude foi revelada em uma série de reportagens publicadas pelo Metrópoles, desde 2023, que motivaram a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF).
  • A PF deflagrou, na última quarta-feira (23/4), a Operação Sem Desconto, que cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal, em endereços ligados a investigados.
  • O esquema contou com a atuação de lobistas como Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, apelido que ganhou por sua influência dentro do Instituto.
  • As associações procuraram operadores para aumentar seus rendimentos. Parte do dinheiro pago a esses intermediários era repassado a familiares de servidores do INSS, ou empresas ligadas a funcionários do órgão.
  • Na semana passada, o presidente do INSS, três servidores do órgão e um policial federal foram afastados do Instituto.
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    Ato do 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de SP

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