Estados Unidos criam 177 mil novas vagas em abril, acima do esperado

A economia dos Estados Unidos registrou a criação de 177 mil novas vagas de emprego fora do setor agrícola em abril, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (2/5) pelo Departamento do Trabalho do governo norte-americano.

Trata-se do chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que indica a evolução do emprego no país fora do setor agrícola.

O relatório, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), é considerado determinante para as avaliações sobre o desempenho da economia norte-americana.


O que aconteceu

  • Os EUA registraram a criação de 177 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em abril.
  • O resultado veio acima das projeções do mercado, que indicavam a criação de 138 mil vagas.
  • A taxa de desemprego ficou em 4,2%.
  • Em março, o “payroll” mostrou a abertura de 229 mil vagas no país e uma taxa de desemprego também de 4,2%.

Por que o dado é importante

A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.

Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas acima das expectativas pode ser interpretada como uma notícia negativa.

Em sua última reunião, em março, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed anunciou a manutenção da taxa básica de juros no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A reunião foi a segunda consecutiva na qual a autoridade monetária norte-americana manteve inalterada a taxa de juros. A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.

Antes das duas últimas reuniões, o Fed tinha levado a cabo um ciclo de três quedas consecutivas dos juros nos EUA, que começou em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos. Desde então, o BC norte-americano sempre deixou claro que era necessário manter a cautela e analisar cuidadosamente os indicadores econômicos para tomar suas decisões de política monetária.

O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país, ficou em 2,4% em março, na base anual, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior (quando foi de 2,8%). Na comparação mensal, a taxa recuou 0,1%, ante alta de 0,2% em fevereiro. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não esteja nesse patamar, o índice vem se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024.

A próxima reunião do Fed está marcada para a semana que vem, nos dias 6 e 7 de maio.

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