Anthony Albanese garantiu neste sábado (3) um segundo mandato como primeiro-ministro da Austrália, após uma vitória expressiva nas eleições federais. Seu partido, o Trabalhista, deve assegurar cerca de 90 assentos na Câmara dos Representantes, superando confortavelmente os 76 necessários para a maioria.
Enquanto isso, o líder da oposição, Peter Dutton, não apenas reconheceu a derrota, mas também perdeu seu próprio assento parlamentar em Dickson, tornando-se o primeiro líder da oposição a sofrer tal revés em mais de um século.
Campanha marcada por temas econômicos e influência externa
A eleição foi fortemente influenciada por questões econômicas, especialmente o aumento do custo de vida, com eleitores enfrentando preços elevados em itens essenciais como leite, pão, energia e gasolina. Além disso, a campanha de Dutton, que ecoava retórica semelhante à de Donald Trump, não ressoou bem com o eleitorado australiano.
Dutton propôs políticas como a instalação de reatores nucleares e cortes no funcionalismo público, medidas que não encontraram apoio significativo. Em contraste, Albanese focou em investimentos em energia renovável e no fortalecimento do sistema de saúde.
Mudança no perfil do eleitorado
A eleição também refletiu mudanças demográficas na Austrália, com eleitores mais jovens superando os da geração Baby Boomer. Esse grupo demonstrou preferência por políticas progressistas e sustentáveis, alinhando-se mais com as propostas do Partido Trabalhista.
Reações e próximos passos
Em seu discurso de vitória, Albanese destacou: “Hoje, o povo australiano votou pelos valores australianos. Pela justiça, aspiração e oportunidades para todos”. Ele enfatizou o compromisso de governar para todos os australianos, independentemente de suas preferências políticas.
Dutton, ao reconhecer a derrota, afirmou: “Não fomos bem o suficiente nesta campanha. Isso está evidente esta noite, e eu assumo total responsabilidade”. Ele também agradeceu aos apoiadores e prometeu trabalhar na reconstrução do partido.
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