Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu substituir a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pela ex-ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes. A mudança, comunicada na sexta-feira (2), faz parte da reforma ministerial em curso no governo federal.
Márcia Lopes aceitou o convite e deve assumir o cargo na próxima segunda-feira (5), quando se reunirá com o presidente para formalizar a posse. A troca marca a quinta alteração na Esplanada dos Ministérios desde o início do ano.
Reforma ministerial em andamento
A saída de Cida Gonçalves ocorre em meio a uma série de mudanças promovidas por Lula em seu ministério. Além da substituição no Ministério das Mulheres, outras pastas já passaram por alterações, como Saúde, Comunicação Social e Previdência.
Na sexta-feira (2), o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, deixou o cargo após desgaste causado pela Operação Sem Desconto, que investigou irregularidades no INSS. Em janeiro, Paulo Pimenta foi substituído por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social. Em fevereiro, Nísia Trindade deu lugar a Alexandre Padilha no Ministério da Saúde. No início de abril, Juscelino Filho deixou o Ministério das Comunicações, sendo sucedido por Frederico de Siqueira Filho.
Perfil de Márcia Lopes
Natural de Londrina (PR), Márcia Lopes é assistente social e filiada ao PT desde 1982. Ela já ocupou o cargo de ministra do Desenvolvimento Social entre 2010 e 2011, durante o segundo mandato de Lula. Antes disso, foi secretária-executiva da mesma pasta.
Márcia também é irmã de Gilberto de Carvalho, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência nos governos Lula e Dilma Rousseff. Recentemente, ela participou da equipe de transição do atual governo, coordenando o grupo de assistência social.
Reações e bastidores
Fontes próximas a Cida Gonçalves relataram que ela deixou a reunião com o presidente visivelmente abalada. A ministra é conhecida por sua proximidade com a primeira-dama, Janja Silva.
A substituição de Cida por Márcia já era especulada desde o início do ano, mas só foi confirmada agora. A mudança visa fortalecer a base aliada do governo e atender a demandas de partidos como o PSD.
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