Objeto que caiu em casa é lixo espacial da ISS, diz NASA

O objeto que caiu na casa de Alejandro Otero, na Flórida, nos Estados Unidos, realmente era um pedaço de lixo espacial. Segundo um comunicado publicado pela NASA nesta segunda-feira (15), a agência determinou que o item pertencia a um equipamento de suporte de voo, que abrigava baterias na Estação Espacial Internacional (ISS). 

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O lixo espacial em questão é feito de Inconel, uma liga metálica. Ele pesa 700 g, e mede 10 cm de altura por 4 cm de comprimento. Este objeto foi liberado do laboratório orbital em março de 2021, quando controladores em solo usaram o braço robótico da ISS para liberar uma carga de baterias envelhecidas após o recebimento de novas delas.

A NASA explica que o componente descartado pesava mais de 2.600 kg no total, e era esperado que fosse totalmente queimado durante a reentrada na atmosfera da Terra, estimada para acontecer em março de 2024. Entretanto, isso não aconteceu: um pedaço do objeto sobreviveu à reentrada e atingiu a casa de Otero. 


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Em publicações no X, o antigo Twitter, Otero relatou que o objeto atravessou o telhado da sua casa, passou por dois andares e quase atingiu seu filho. Ele afirmou também ter tentado entrar em contato com a NASA, mas não teve resposta.

Fragmento de lixo espacial que atingiu casa na Flórida (Imagem: Reprodução/NASA)

Agora, as equipes do programa da ISS vão analisar detalhadamente o descarte e a reentrada do objeto para descobrir o porquê de o fragmento ter resistido à reentrada. “Os especialistas da NASA usam modelos de engenharia para estimar como objetos esquentam e quebram na reentrada atmosférica”, acrescentaram.

Estes modelos exigem a inserção de parâmetros detalhados. Eles são atualizados sempre que a agência espacial é notificada sobre algum deles ter resistido à reentrada e chegado ao solo. 

O ocorrido também representa um lembrete dos perigos causados pela quantidade crescente de lixo espacial na órbita da Terra. Segundo estimativas da Agência Espacial Europeia, existem mais de 36 mil fragmentos de lixo espacial com pelo menos 10 cm de comprimento; se considerarmos aqueles que medem no mínimo 1 milímetro, o número aumenta para 130 milhões.

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