Tokenização é o processo de transformar qualquer recurso, seja um apartamento a uma obra de artes, em tokens que, por sua vez, são representações desses ativos no ambiente digital e que podem ser negociados na blockchain — seria como dividir um bem em várias “fatias” digitais, como uma forma de facilitar o investimento e a negociação em um sistema de registro digital e descentralizado.
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O que pode ser “tokenizado”?
Múltilplos itens podem ser tokenizados como imóveis, empréstimo, artes físicas ou digitais, entre outros. O CEO da Boost Research e especialista em criptomoedas, André Franco, explica que, do ponto de vista tecnológico, qualquer coisa pode ser digitalizada.
“A grande questão é o que a regulação permite e, principalmente, o que existe em termos de segurança. Afinal, quem garante que aquele ativo que foi tokenizado realmente tem aquele valor”, questiona o especialista.
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Franco aponta isso por devido ao desafio de segurança e regulação desses ativos, um fator ainda em desenvolvimento no Brasil e que pode causar dúvidas e receios nos possíveis investidores desses recursos.
Qual é a diferença entre token e criptomoeda?
Criptomoedas como Bitcoin e Ethereum funcionam como moedas digitais independentes, com suas próprias blockchains. Já os tokens são criados e operam dentro de blockchains existentes, como a da rede Ethereum, por exemplo, e representam um ativo específico dentro de um determinado ecossistema digital.
André Franco explica que tanto token quanto criptomoedas usam a mesma base tecnológica, o blockchain.
“É essa plataforma que une os ativos digitais. Basicamente, quando estamos falando do que engloba tudo, nos referimos a criptoativos e, dentro desses criptoativos temos token, criptomoedas e tantas outras subclasses”, explica Franco.
O que é Drex?
O Drex é a versão digital do Real que está sendo desenvolvida pelo Banco Central (BC). Com a digitalização da moeda, o BC busca modernizar o sistema financeiro e tornar as transações mais rápidas e seguras.
A infraestrutura do Drex também tem o potencial de impulsionar a tokenização de outros tipos de ativos e, assim, facilitar a criação de novos produtos e serviços financeiros digitais no Brasil. A expectativa é que essa digitalização da economia traga mais inclusão financeira e dinamismo para o mercado nacional.
Drex ainda em desenvolvimento
Contudo, o desenvolvimento do Drex ainda é lento por conta de questões de segurança e maturidade do projeto. Em fevereiro, o Banco Central anunciou que a moeda digital passaria por uma profunda revisão e uma pausa estratégica para garantir a maturidade da iniciativa e ajustar as diretrizes.
André Franco adiciona que o cenário na tokenização no Brasil está avançando bem. Contudo, ainda há falta de demanda de ativos em tokens, além da necessidade de uma regulação mais clara sobre o tema.
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