Famoso por lutar por pessoas com deficiência (PCD), o influencer Ivan Baron utilizou o Instagram para relatar indignação com diversas situações ocorridas durante o show de Lady Gaga, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele explicou que, por trabalhar com uma marca, ficou em uma área exclusiva e recebeu todo o suporte para ter a melhor experiência, mas outras PCDs não tiveram o mesmo tratamento.
“Ao chegar no local, as pessoas se depararam com várias cenas de desrespeito. A primeira delas foi a falta de sinalização sobre ‘ÁREA PCD’, não existiam profissionais para fazer a orientação necessária”, declarou.
Baron declarou que, mesmo na área destinada a eles, as pessoas passaram por outros episódios de capacitismo.
“O público sem deficiência invadiu a área reservada de acessibilidade, danificou o lugar e ainda ridicularizou pessoas com deficiência que estavam presentes. Os agressores não foram identificados, punidos, e a organização do evento, junto aos funcionários da Prefeitura, não fizeram nada”, relatou.
Na sequência, o influenciador reclamou da situação e citou Lady Gaga. “É muito assustador saber que em um evento onde se celebra a diversidade de corpos e a inclusão, até mesmo pela própria cantora em suas músicas, pessoas com deficiência ficam para trás e não têm os seus direitos básicos respeitados. Até quando isso? ”
Ele ainda afirmou que não existem argumentos que defendam a exclusão de pessoas com deficiência nesses espaços. “Eu e outros convidados com deficiência não queremos ser os únicos a sentirem o gosto do ‘privilégio’ e [também não queremos] que a acessibilidade não seja tratada como tal, mas sim como algo básico para todas as pessoas “, afirmou.
Por fim, ele deixou as redes sociais à disposição para fazer as cobranças necessárias. “É assustador saber dos casos de capacitismo e desrespeito à Lei Brasileira de Inclusão (LBI) que aconteceram ontem durante o evento Todo Mundo No RIO. Recebi reclamações sobre a falta de fiscalização e desordem nas áreas PCDs, várias mensagens de fãs com deficiência que inclusive foram agredidos e tratados com truculência por supostos trabalhadores da Prefeitura do Rio que estavam na organização deste setor. O momento agora é de averiguar todas essas informações e saber o que de fato aconteceu”.