Brasília – Durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (6), os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux negaram qualquer rivalidade pessoal. Enquanto analisavam denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete acusados de tentativa de golpe de Estado, Moraes ironizou rumores de tensão no STF.
“Alguns querem transformar o Supremo na Revista Caras. Tirar foto da minha gravata, do terno do ministro Flávio Dino”, disse Moraes, em tom bem-humorado. Fux também se pronunciou, afirmando que informações sobre suposta oposição a Moraes são “completamente dissonantes da realidade”.
Fux esclarece divergências técnicas
O ministro Luiz Fux explicou que eventuais divergências com Alexandre de Moraes se referem a aspectos técnicos, como a competência da Primeira Turma para julgar o caso, e não a embates pessoais. Ele ressaltou que os dois mantêm amizade desde antes da chegada de Moraes ao STF em 2017.
“É um trabalho minucioso, extremamente robusto, que demorou muito tempo, sem prejuízo das outras atividades”, elogiou Fux sobre o trabalho de Moraes.
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Denúncia da PGR contra sete acusados
A sessão também analisou nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete acusados de participar da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a denúncia, o grupo integra o “núcleo de disseminação de desinformação” com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e atacar instituições.
Acusados na denúncia:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar da reserva
- Ângelo Martins Denicoli, militar da reserva
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel
- Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército
A denúncia aponta o uso indevido da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais dentro da suposta trama golpista. Caso a denúncia seja aceita, será instaurado processo criminal contra os investigados.
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