Alckmin vê oportunidades para o agro brasileiro com tarifaço de Trump

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDic), Geraldo Alckmin, fez uma série de declarações nesta terça-feira (6/5) sobre o tarifaço deflagrado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril deste ano. O ministro considera que o cenário criado pelas medidas abre oportunidades para produtos brasileiros, sobretudo os do agronegócio.

“Esse aumento tarifário vai beneficiar a agricultura (brasileira). Temos um agronegócio muito exportador, muito forte e muito competitivo. E nós precisamos estar atentos na indústria”, afirmou o ministro.

O presidente dos Estados Unidos taxou o Brasil em 10% no dia 2 de abril, mas também impôs taxas mais robustas a vários parceiros comerciais dos norte-americanos. O maior impacto foi sobre a China, o que levou a uma guerra tarifária com uma escalada das taxações, ultrapassando os 240% para alguns produtos.

Reação dos outros países favorece Brasil

Como os países parceiros dos Estados Unidos retaliaram, os produtos norte-americanos acabaram ficando com taxas superiores a 10%, ou seja, isto deixa a produção nacional em uma posição favorecida. Há analistas que acreditam que os produtos do agronegócio brasileiro, sobretudo a soja, ganhe mercado no mundo, inclusive na China.

“Precisamos ganhar mercado. Isso (tarifaço) vai acelerar, na minha visão, com o acordo Mercosul-União Europeia. São 27 países europeus”, afirmou o ministro.

Sobre a taxação dos EUA ao Brasil, Alckmin disse à imprensa que o Brasil não é um problema para os Estados Unidos.

“Os EUA têm um déficit na balança comercial com o mundo. Com o Brasil, têm superávit na balança comercial, de serviços perto de US$ 18 bilhões e de US$ 7 bilhões em bens, dados de 2024. Dos dez produtos que mais exportam, oito a tarifa é zero. Somos o terceiro comprador do aço siderúrgico americano”, frisou Alckmin.

Além da taxação de 10% imposta a todos os produtos brasileiros, os EUA já haviam afetado o Brasil com a imposição de uma taxa de 25% para o aço e o alumínio, produtos exportados do Brasil para os norte-americanos.

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