A Índia confirmou nesta terça-feira (6) a realização de ataques aéreos, denominados “Operação Sindoor”, contra nove alvos em território paquistanês, incluindo áreas na Caxemira administrada pelo Paquistão e na província de Punjab. A ação foi uma retaliação ao atentado ocorrido em 22 de abril em Pahalgam, na Caxemira indiana, que resultou na morte de 26 civis.
O governo indiano atribuiu o ataque ao grupo The Resistance Front, vinculado ao Lashkar-e-Taiba, e acusou o Paquistão de apoiar os responsáveis. As autoridades indianas descreveram os bombardeios como “precisos, comedidos e não escalatórios”, enfatizando que não foram atingidas instalações militares paquistanesas.
Alvos e consequências dos ataques
Os alvos incluíam supostos campos de treinamento de grupos terroristas como Jaish-e-Mohammed e Lashkar-e-Taiba. Segundo o Ministério da Defesa da Índia, as forças armadas utilizaram armamentos de precisão em uma operação conjunta entre o Exército e a Força Aérea.
O Paquistão confirmou que locais como Muridke, Bahawalpur, Kotli e Muzaffarabad foram atingidos, relatando a morte de pelo menos três civis, incluindo uma criança, e 12 feridos. O governo paquistanês classificou os ataques como um “ato de guerra” e prometeu uma resposta proporcional. Além disso, Islamabad afirmou ter derrubado dois jatos indianos em retaliação.
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Reações internacionais e medidas de segurança
A escalada de tensões levou ao fechamento de aeroportos no Paquistão por 48 horas e à suspensão de voos comerciais em partes do norte da Índia. Líderes internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente dos EUA, Donald Trump, expressaram preocupação e apelaram por moderação para evitar um confronto militar entre as duas potências nucleares.
Histórico do conflito na Caxemira
A Caxemira, situada na cordilheira do Himalaia, permanece como uma região de disputa entre Índia e Paquistão desde a independência de ambos os países em 1947. Atualmente, o território está dividido entre Índia, Paquistão e China, com cada nação controlando partes distintas da região.
A Índia administra aproximadamente 43% da área, incluindo Jammu, o vale da Caxemira e Ladakh; o Paquistão controla cerca de 37%, abrangendo Azad Caxemira e Gilgit-Baltistão; e a China detém cerca de 20%, incluindo Aksai Chin e o vale de Shaksgam.
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