A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), comentou, nesta quarta-feira (7/5), a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados de suspender, por três meses, o mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES).
O parlamentar, que causou polêmica ao desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), proferiu ofensas contra a ministra na última semana, durante sessão da Casa.
“Agradeço ao presidente Hugo Motta, à Mesa Diretora e aos membros do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pela decisão que condenou o deputado Gilvan da Federal à suspensão de seu mandato. Além de punir quem cometeu ofensas gravíssimas e desonrou a atividade parlamentar, a medida tem um alcance pedagógico para conter comportamentos semelhantes no ambiente do Legislativo”, escreveu a ministra em uma publicação no X.
Como ocorreu a suspensão
- A Mesa Diretora da Câmara apresentou uma representação contra o parlamentar por quebra de decoro. O documento pedia a suspensão cautelar do mandato por um período de seis meses.
- Inicialmente, o deputado Ricardo Maia (MDB-BA), relator do processo, protocolou um parecer seguindo a solicitação da Casa, mas depois voltou atrás e sugeriu reduzir o prazo de suspensão para três meses — o que foi acatado pelos membros do Conselho de Ética.
- O requerimento da Mesa Diretora ocorreu um dia após Gilvan se envolver em uma confusão com o líder do Partido dos Trabalhadores na Casa Baixa, Lindbergh Farias (PT-RJ). Na mesma ocasião, ele proferiu ofensas à ministra.
Na segunda-feira (5/5), Gilvan da Federal pediu desculpas “a quem tivesse se sentido ofendido” com suas declarações. Ele também se comprometeu a mudar de comportamento.
“Vai haver reunião do Conselho de Ética e já quero me antecipar, assumindo um compromisso de mudança de comportamento no plenário e nas comissões. Mesmo sendo atacado ou provocado pelo PT e pelo PSol, assumo o compromisso de comunicar esse ataque à Mesa Diretora, e não fazer o que eu vinha fazendo”, disse o parlamentar.