Traficantes movimentam R$ 50 mi e PF apura ligação com cartel de Cáli

Um dos investigados envolvido em um esquema de tráfico internacional de armas e drogas, que movimentou mais de R$ 50 milhões entre os anos de 2018 e 2023, teria envolvimento com um homem preso por integrar o Cartel de Cáli — rede de tráfico de drogas colombiana — no Brasil.

A informação foi revelada pela  Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (7/5), após a deflagração de uma operação que mirou o grupo que praticava evasão de divisas e lavagem de capitais adquiridos por meio de tráfico internacional de armas e drogas.

As investigações revelaram que uma das lideranças do grupo criminoso, atuante no Rio de Janeiro, utilizava serviços prestados por uma casa de câmbio, vinculada aos investigados, para movimentar oriundos das atividades ilícitas.

A polícia também identificou que o grupo usava empresas de fachada em nome de “laranjas”.

Ficou constatado que os criminosos e as casas de câmbio utilizadas por eles tinham vínculos com criminosos investigados em outras operações da Polícia Federal, como a Operação Bahamut – que investigou a prática de lavagem de dinheiro oriundo de tráfico internacional de drogas – e a Operação Match Point – que visava reprimir o próprio tráfico internacional de drogas. Um dos alvos da deflagração de hoje também seria relacionado a um indivíduo preso por envolvimento com o Cartel de Cáli no Brasil.

A investigação é desdobramento da Operação Dakovo, deflagrada em 2023 nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais, além do Distrito Federal, a qual apurou a prática de tráfico internacional de armas de fogo.

A ação

Na manhã desta quarta (7), cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de investigados, sendo três nos municípios do Rio de Janeiro e os outros dois em Angra dos Reis (RJ) e Nova Iguaçu (RJ).

Além das buscas, foi determinado o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, de interpostas pessoas e de empresas de fachada utilizadas pelo grupo para ocultação de patrimônio ilícito. Foram identificados veículos de luxo, embarcações e imóveis de alto padrão adquiridos por membros do grupo com valores arrecadados a partir das atividades criminosas.

Os investigados poderão responder pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem chegar aos 16 anos de prisão.

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